Em 2026, entrará em vigor novo regulamento na Fórmula 1, que não se limitará apenas a revolucionar o chassis, mas também as unidades de potência, onde os carros da categoria passarão a utilizar uma divisão 50/50 entre um motor de combustão interna V6 e um motor elétrico MGU-K.
Apesar da F1 estar prestes a adentrar em uma nova era, no início do mês, Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull, declarou que vê com “bons olhos” o retorno dos motores V10 à competição. Em total desacordo com Horner, Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, fez questão de rebater a hipótese.
“Em primeiro lugar, devemos estar entusiasmados com esse novo regulamento que chegará no próximo ano. Deveríamos estar falando sobre ele. Este é o nosso esporte. É importante ter positividade”, disse Wolff.
Apesar de ter sido cogitado por Horner e pelo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, o retorno das unidades de potência utilizadas pela F1 entre 1986 e 2006 ainda não está certo. Com nova fase da F1 chegando, O mais cedo que a categoria poderia ter os carros acelerando com o V10 seria em 2030.
“Estamos ampliando os limites da tecnologia de baterias em termos de sustentabilidade. Este é o primeiro ano em que teremos combustível 100% sustentável. Ninguém sabe como ou se isso vai dar certo. E é realmente empolgante que a Fórmula 1 seja pioneira. Portanto, acho que todos nós, partes interessadas, deveríamos torcer por isso e garantir que o esporte seja percebido como de alta tecnologia, como precisa ser, e menos impulsionado por pensamentos oportunistas”, continua Wolff, descrevendo a proposta de Horner.
“Este é um ciclo de cinco anos. Há regulamentações em vigor. Você pode discutir sobre o que virá depois, seja um V8, de que gostamos muito, que talvez seja mais relevante para a categoria do que um V10 daqui para frente. Acho que essa é uma discussão válida”, complementa o chefe de equipe da Mercedes.
“Tudo isso é realmente uma conversa interessante dentro de um ciclo de vida de regulamentos, e que vale a pena. Mas, no momento, acho que é um pouco prematuro. E corremos o risco de ofuscar nossa mensagem ao mundo um ano antes de iniciarmos essa nova e empolgante fase”, finalizou Wolff.
