As equipes da Fórmula 1 vivem uma corrida paralela aos compromissos finais de 2025, a necessidade de concluir o desenvolvimento dos carros da nova geração com meses de antecedência. Com a pré-temporada marcada para 26 de janeiro, em Barcelona, um mês antes do cronograma habitual da categoria, as fábricas trabalham em ritmo acelerado para atender às exigências do novo regulamento técnico da FIA.
O diretor-geral da Alpine, Steve Nielsen, explicou que o adiantamento do calendário e a profundidade das mudanças previstas para 2026, tornaram o processo mais exigente: “Estive na fábrica na semana passada e vi o chassi. Isso é muito mais cedo do que eu já tinha visto”, afirmou ao Motorsport.com. “Normalmente, o chassi aparece no fim de dezembro ou início de janeiro. Agora, tudo é mais cedo porque nosso primeiro teste é na terceira semana de janeiro”, disse ele.
Segundo Nielsen, a pressão se estende a toda a categoria: “As pessoas que você vê aqui no paddock vão terminar em Abu Dhabi, voltar para casa, cumprimentar suas famílias no Natal e logo estarão de volta à fábrica construindo carros para testar novamente. A soma disso tudo representa muita pressão, não só em Enstone, mas em toda a Fórmula 1, porque o intervalo está mais curto do que há muito tempo”, acrescentou.

A Alpine já trabalha com um cronograma apertado. Nielsen revelou que o carro de 2026 deverá estar montado, ainda que inacabado, até meados de dezembro, para cumprir a exigência de estar na pista apenas três semanas depois: “Temos o Natal no meio disso. Se você andar pela fábrica agora, o chassi já está lá, embora ainda sem pintura e sem usinagem. Temos o ‘crash test’, que é um marco importante, em duas ou três semanas. Cada máquina da fábrica está produzindo peças para o carro de 2026”, completou.
Em 2026, a pré-temporada da Fórmula 1 terá três sessões: Barcelona de 26 a 30 de janeiro, seguida por dois testes no Bahrein, de 11 a 13 e de 18 a 20 de fevereiro.
