F1: Stewart se despede dos carros de Fórmula 1 após volta especial no Bahrein

A Fórmula 1 foi palco de uma homenagem histórica neste fim de semana, quando Sir Jackie Stewart, tricampeão mundial, pilotou pela última vez seu carro campeão de 1973 em uma volta especial no Circuito Internacional do Bahrein. Aos 85 anos, o escocês declarou que esta foi sua despedida definitiva ao volante de um carro de Fórmula 1, encerrando de forma simbólica uma jornada iniciada há exatos 60 anos.

O momento emocionante antecedeu o Grande Prêmio do Bahrein 2025 e foi parte da campanha “Race Against Dementia”, fundada pelo próprio Stewart para aumentar a conscientização sobre a demência, doença que afeta sua esposa, Helen, desde 2014.

“Você não esquece onde está a primeira ou a quinta marcha. O carro estava maravilhoso”, contou Stewart logo após a exibição. “Não fomos rápido, mas a sensação com o carro foi incrível. E foi divertido. Não foi uma ideia minha, e sim dos meus filhos. Eles conversaram com a FIA, e todos apoiaram imediatamente. Ninguém teve dúvidas.”

Stewart completou duas voltas com sua Tyrrell 006 vestindo seu icônico capacete com estampa de tartã, agora ainda mais especial por carregar as assinaturas dos 20 campeões mundiais vivos da Fórmula 1 — incluindo a de Michael Schumacher, cuja assinatura “MS” foi guiada pela esposa Corinna.

“O que fiz hoje, provavelmente, foi a última vez que pilotei um carro de Fórmula 1. Acho que encerro esse capítulo da minha vida”, afirmou. Questionado se não preferiria fazer isso em Silverstone, onde venceu três vezes, respondeu com bom humor: “Não é rápido o suficiente para isso!”

Mark Stewart, filho de Jackie, também falou à imprensa sobre o futuro do capacete assinado. Segundo ele, a peça pode ir a leilão ou até ser incluída em uma rifa mundial. A arrecadação será destinada à Race Against Dementia.

“Ainda não decidimos completamente o que faremos. Pode ser um leilão ou uma rifa global, algo como 20 libras por bilhete”, disse Mark. “Não temos pressa, mas sabemos que temos algo muito valioso em mãos. Ao fim da temporada, podemos até conseguir a assinatura do novo campeão mundial.”

A coleta das assinaturas levou mais de um ano, e o capacete tornou-se um símbolo de união, história e propósito. “Reunir meu pai com seu capacete e o carro com o qual conquistou o título mundial em 1973 é algo único. Um momento realmente especial. Todos os netos dele estavam aqui para assistir. E tudo isso por essa causa tão importante”, concluiu Mark.

A ação no Bahrein marcou mais do que uma celebração de uma carreira lendária: foi também uma demonstração de como a Fórmula 1 pode se conectar a causas maiores, promovendo a solidariedade e homenageando aqueles que ajudaram a construir a história da categoria.

O F1MANIA.NET acompanha o GP do Bahrein ‘in loco’ representado pelo jornalista Rodrigo França.

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