Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, comentou sobre a tensão vivida por Charles Leclerc e Lewis Hamilton durante o GP de Miami de Fórmula 1, quando ambos expressaram frustração pelo rádio diante das decisões estratégicas da Ferrari. Para Steiner, as reclamações dos pilotos são compreensíveis e fazem parte da dinâmica em uma equipe sob pressão.
“Eles estavam com dificuldades de desempenho. Nem conseguiram superar a Williams. Isso coloca pressão sobre todos”, afirmou Steiner no podcast The Red Flags. O ex-dirigente evitou rotular o episódio como ‘caos absoluto’, embora muitos tenham descrito assim a confusão tática da Ferrari ao lidar com os dois carros em posições próximas, enquanto perseguiam Kimi Antonelli da Mercedes.
Durante a prova, Hamilton buscava pista limpa por estar em uma estratégia diferente e esperava resposta do time. Mais tarde, a equipe inverteu as posições, quando os pneus duros de Leclerc passaram a render melhor.
Para Steiner, a frustração dos pilotos é um reflexo da falta de resultados. “Quando você está nessa posição, tenta tirar algo que não existe, porque o carro não entrega. Isso gera mais pressão e vira uma espiral. Ninguém quer tomar decisões e os pilotos ficam ainda mais frustrados.”
Ele também comentou sobre a expectativa em torno da chegada de Hamilton à Ferrari. “Todo mundo achou que ia continuar o bom momento da equipe no fim do ano passado. Pensaram: ‘Vem um heptacampeão que vai ser octacampeão’. Mas não está acontecendo. O carro não está rendendo como o esperado e os concorrentes evoluíram”, acrescentou.
Por fim, Steiner minimizou a tensão entre os companheiros de equipe. “É sempre assim, um quer que o outro abra, aí vem o rádio: ‘Sou mais rápido que ele’. Claro, está no DRS dele. Às vezes tem que deixar tentar, vai que é mesmo mais rápido, ou está com pneus diferentes. Mas não funcionou. No fim, pilotos são concorrentes internos, pensam em si mesmos. Lewis achava que era mais rápido, mas não era. Isso é normal”, completou Steiner.