F1: Steiner critica protesto da Red Bull contra vitória de Russell

Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, classificou como ‘mesquinho’ o protesto feito pela Red Bull Racing contra George Russell após a vitória do piloto da Mercedes no GP do Canadá, mas reconheceu que a atitude foi compreensível dentro do contexto competitivo da Fórmula 1.

O protesto foi registrado após uma situação sob Safety Car, causada por um incidente entre os dois pilotos da McLaren, Lando Norris e Oscar Piastri. Durante o período de neutralização, Russell reduziu o ritmo e acabou sendo ultrapassado momentaneamente por Max Verstappen. A Red Bull questionou a manobra, mas Steiner minimizou o episódio.

“Foi mesquinho porque não acho que George tenha feito algum tipo de jogo ali. A regra fala dos dez carros de distância sob o Safety Car, e ele não estava testando os freios de ninguém. Max passou reto e acabou ultrapassando, mas não foi algo proposital”, afirmou Steiner no podcast The Red Flags.

O ex-dirigente também criticou o momento em que o protesto foi apresentado: “Se você olha para a categoria como um todo, apresentar isso depois da corrida, quando é algo que aconteceu sob Safety Car e que não representou perigo algum, na minha opinião, é desnecessário”, disse ele.

Para Steiner, uma eventual punição a Russell teria sido prejudicial à imagem da categoria. “Se tivessem mudado o resultado da corrida por isso, seria bem ruim para o esporte. Às vezes é melhor evitar esse tipo de coisa.”

F1 2023, GP dos Estados Unidos, EUA, Circuito das Américas, COTA
Foto: XPB Images

Apesar de chamar o protesto de ‘mesquinho’, Steiner defendeu que esse tipo de atitude faz parte do jogo e que ele próprio teria agido da mesma forma: “Sempre tentamos ter acordos de cavalheiros nos esportes, mas eles não funcionam porque não há cavalheiros. Se houvesse, funcionariam. Mas sem cavalheiros, como vai funcionar um acordo de cavalheiros?”, acrescentou rindo.

Ele ainda disse que entende a postura da Red Bull: “Eu aproveitaria toda e qualquer oportunidade para tentar mudar o resultado. Eles tentaram e não deu certo. Mas se não tivessem tentado, poderiam se perguntar depois por que não fizeram algo”, finalizou Steiner.

No fim das contas, Verstappen não demonstrou incômodo com o segundo lugar e não teria protestado, segundo informações do GPblog. Ainda assim, os sete pontos extras que a vitória renderia poderiam ser valiosos na luta pelo título, já que o holandês está atualmente 44 pontos atrás de Oscar Piastri na classificação.



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