Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, demonstrou incompreensão diante da postura da McLaren ao não contestar a punição imposta a Oscar Piastri no GP de São Paulo de Fórmula 1. Em participação no Red Flags Podcast, o dirigente afirmou que a equipe deveria, ao menos, ter buscado dialogar com os comissários sobre a decisão.
“Por que não ir lá e ao menos dizer algo aos comissários?”, questionou Steiner. “Até Charles Leclerc disse que não foi culpa do Oscar. Se o outro piloto, que foi tirado da corrida, diz ‘não teve nada a ver com ele, talvez eu tenha sido um pouco otimista demais’… Ele não admitiria isso, claro, mas era uma disputa a três carros, e na primeira volta após o safety car”.
Steiner destacou que o incidente, que envolveu Piastri, Leclerc e Kimi Antonelli, merecia uma análise mais equilibrada, principalmente porque o próprio Leclerc havia isentado parcialmente o australiano de responsabilidade.

O ex-dirigente também criticou o excesso de punições na Fórmula 1 moderna, sugerindo que as decisões estão limitando o verdadeiro espírito das corridas: “Com todas essas regras, interpretações, dez segundos em vez de cinco… onde o automobilismo termina?”, acrescentou.
Para Steiner, a Fórmula 1 corre o risco de perder o dinamismo que atrai os fãs: “Parece que agora só largamos e seguimos. Todo mundo sai do mesmo jeito que começou. É preciso ter cuidado até com o olhar para o lado, porque pode render uma punição, e os fãs não gostam disso”, encerrou.
