Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, avaliou a situação de Lewis Hamilton na Ferrari após o final de semana complicado no GP de Las Vegas de Fórmula 1, e sugeriu que a equipe precisa oferecer ao britânico um novo impulso em 2026 para mantê-lo motivado. Em entrevista ao podcast ‘Drive to Wynn’, Steiner destacou que o desempenho do carro no próximo ano será decisivo.
“Lewis precisa desse impulso no próximo ano com o novo regulamento”, afirmou Steiner. O dirigente lembrou que Hamilton nunca se sentiu plenamente confortável com os carros de efeito solo e que, mesmo na Mercedes, já não apresentava a mesma facilidade de anos anteriores. Para Steiner, o novo pacote técnico pode representar uma chance de recomeço.
“No ano que vem, com o novo regulamento, vamos ver como ele consegue se adaptar. Ele ganha uma nova oportunidade. E se isso não funcionar, não acho que ele queira continuar em 2027, porque não é isso que ele deseja fazer”, afirmou.
Steiner também comentou o estado emocional do heptacampeão. Segundo ele, Hamilton está frustrado e apenas cumprindo as últimas etapas antes da mudança radical de regulamentos em 2026. O italiano-americano citou o 20º lugar no grid de largada em Las Vegas como um retrato da fase difícil.

“Largando em último com uma Ferrari… ele não teria chance de pole. Ele está bem frustrado. Quando você o vê falando depois de algo assim, dá para perceber que está para baixo. Acho que ele pensa: faltam dois GPs, mais uma corrida Sprint. Vamos ver como começamos no ano que vem e então decidir o que fazer”, concluiu Steiner.
O GP de Las Vegas reforçou o momento delicado. Hamilton não passou da primeira fase na sessão de classificação e, apesar de terminar a corrida em décimo, que se transformou em P8 depois da desclassificação dos dois carros da McLaren, o britânico classificou o momento como um dos mais sem significado da carreira.
Nos últimos meses, o piloto britânico sido bastante duro consigo mesmo. Após a sessão de classificação em Vegas, admitiu ter se sentido ‘péssimo’, e descreveu sua temporada de estreia pela Ferrari como a pior de seus dezoito anos na F1. A avaliação segue a linha do que já havia dito na Hungria, quando se chamou de ‘inútil’. Hamilton deixou a Mercedes no final do ano passado e ainda enfrenta dificuldades para se adaptar na tradicional equipe italiana.
