A temporada 2026 da Fórmula 1 ainda não começou, mas já pode trazer problemas ainda na primeira etapa. Segundo rumores, o GP da Austrália tem chances de ser marcado por protestos por conta das unidades de potência.
De acordo com informações da publicação Motorsport Magazin, Ferrari, Audi e Honda fizeram representações à FIA sobre um possível ‘truque’ que a Mercedes High Performance Powertrains (HPP) e a Red Bull Powertrains (RBPT) supostamente teriam descoberto sobre algumas mudanças do próximo regulamento.
A partir de 2026, o novo conjunto de regras técnico passará por uma enorme reformulação, que além do pacote aerodinâmico e do chassi, também irá englobar os motores. A taxa de compressão geométrica das unidades de potência passará a ser limitada a 16:1 pelas novas regras técnicas. No entanto, algumas adversárias creem que Mercedes e Red Bull podem ter encontrado uma solução para elevar esse valor equivalente ao nível de 2025 – 18:1.

A taxa de compressão geométrica diz respeito à relação entre o volume dos cilindros do motor quando os pistões estão no ponto mais baixo e quando atingem o ponto mais alto. Quanto maior essa taxa, maior é a chance de gerar de potência.
É previsto que esse possível artifício possa representar um ganho de até 15 cv de potência e, no traçado de Albert Park, em Melbourne, que abrirá o calendário de 2026 da F1, essa vantagem poderia ser de até 0s3 por volta.
Pelos procedimentos atuais da FIA, a taxa de compressão geométrica é medida de forma estática, em temperatura ambiente. Embora não esteja totalmente claro como o suposto artifício funcionaria, acredita-se que temperaturas internas mais elevadas possam fazer com que componentes do motor se expandam. Com isso, o volume dos cilindros aumentaria, permitindo que a taxa de compressão voltasse ao patamar de 18:1.
Ainda de acordo com a Motorsport Magazin, a entidade máxima do esporte já está ciente da situação e diz que está “avaliando continuamente esse tipo de questão para garantir justiça e clareza”, com novas conversas previstas com os fabricantes dos motores.
Caso um protesto seja apresentado em Melbourne — e seja aceito ou rejeitado — e o método acabe considerado legal, possíveis mudanças não seriam imediatas, já que exigem planejamento. Para que os times alcancem a taxa de 18:1, seriam necessários componentes mais robustos como bielas e pistões reforçados.
