A Fórmula 1 viu a Williams retomar o caminho dos pontos no GP de Las Vegas 2025, com Carlos Sainz garantindo um sólido sétimo lugar após 50 voltas no circuito montado na Strip. O resultado mantém a equipe firme na quinta posição do Mundial de Construtores, agora com 29 pontos de vantagem para o sexto colocado, faltando apenas duas etapas para o fim da temporada.
Logo no início da corrida, ficou claro que Sainz tinha ritmo para brigar no pelotão intermediário. Largando em terceiro após a boa classificação na sexta-feira chuvosa, o espanhol precisou ser prudente ao ver disputas intensas entre os carros da primeira fila. Isso abriu espaço para George Russell completar a manobra e assumir o terceiro posto, enquanto Sainz se acomodava em quarto.
O primeiro parágrafo deixa evidente o papel de destaque do espanhol, que sustentou o ritmo e consolidou mais um bom desempenho da Williams na temporada da Fórmula 1. “Precisamos ficar felizes com o sétimo lugar hoje”, afirmou Sainz após cruzar a linha de chegada. “Acho que fizemos um bom trabalho e executamos bem a corrida. Fomos talvez um pouco conservadores nos boxes, mas são aprendizados importantes.”
Alex Albon, porém, viveu uma noite completamente oposta. Sem comunicação de rádio desde antes do grid de largada, o tailandês sofreu danos ainda na primeira volta ao tentar evitar o incidente entre Gabriel Bortoleto e Lance Stroll. Ele conseguiu seguir na prova, mas um toque de alta velocidade na Strip danificou sua asa dianteira, obrigando a equipe a chamá-lo aos boxes.

Sem rádio, a Williams não percebeu imediatamente o problema, e Albon retornou para outra parada no giro seguinte. Pouco depois, o time recebeu nova punição para o piloto por contato com Lewis Hamilton, o que selou uma corrida repleta de obstáculos. Na volta 35, com riscos operacionais e nenhum prospecto de recuperação, Albon foi retirado da prova. “Foi uma corrida bagunçada”, admitiu. “Fizemos tudo com placas, sem rádio. Não era seguro continuar sem informação de bandeiras ou detritos. É decepcionante sair sem pontos.”
Enquanto isso, Sainz mantinha seu foco no ritmo consistente. Após parar na volta 22, voltou à pista disputando com Oscar Piastri, que conseguiu o undercut. Charles Leclerc também ultrapassou o espanhol com pista limpa, colocando Sainz em perseguição direta ao Mercedes de Andrea Kimi Antonelli. O italiano, porém, segurou a dupla mesmo com pneus mais desgastados, graças ao forte ritmo apresentado.
Antonelli tinha uma punição de cinco segundos por ter se movido antes da luz apagar, e Sainz tentou manter-se dentro da janela de tempo para ganhar a posição. No entanto, o ritmo surpreendente do jovem piloto da Mercedes o manteve à frente da margem necessária. Ainda assim, Sainz fechou a corrida em sétimo, 10 segundos à frente de Isack Hadjar, garantindo pontos valiosos.
James Vowles, chefe da Williams, elogiou o trabalho do espanhol. “Muito bem ao Carlos. O sétimo lugar refletiu exatamente o ritmo do carro hoje, e ele extraiu tudo o que estava disponível. Execução limpa e ótima vantagem para o resto do meio do pelotão”, afirmou. Sobre Albon, Vowles explicou a decisão de retirar o carro. “Sem rádio, e após incidentes consecutivos, o risco operacional era muito grande. Preferimos evitar qualquer questão de segurança.”
Com o bom resultado, a Williams chega embalada às etapas finais no Catar e em Abu Dhabi. Sainz reforçou o foco da equipe. “Tínhamos ritmo próximo ao das grandes equipes, fomos o carro mais rápido do meio do pelotão. Agora é continuar empurrando e manter o quinto lugar no Campeonato.”
A equipe britânica agora se prepara para o GP do Catar, no próximo fim de semana, com a missão clara de defender sua posição no Mundial de Construtores e concluir a temporada 2025 em alta.
