F1: Sainz e Albon falam sobre os carros de 2026

Carlos Sainz e Alex Albon já testaram os primeiros os carros da Fórmula 1 de 2026 no simulador e deixaram claro que vai ser bem mais complicado pilotar.

A nova unidade de potência, vai gerar 50% de sua energia a partir de componentes elétricos, e os outros 50% de um motor a combustão interna V6 de 1.6 litro.

Com metade da potência vindo de componentes elétricos e a outra metade de um motor V6 a combustão, os novos carros da temporada de 2026 da Fórmula 1 deve mudar bastante a forma como os pilotos correm.

Vários pilotos já testaram versões iniciais do carro de 2026 em simuladores, e muitos demonstraram preocupação com os efeitos dessas mudanças sobre as corridas.

“Muito complicado, exige muito esforço mental enquanto você está pilotando,” disse Sainz. Ele comparou com a mudança que aconteceu entre 2013 e 2014, quando os motores V8 foram substituídos pelos V6 híbridos.

“Se você perguntar para o Lewis (Hamilton), ele passou pela grande mudança de regulamento entre 2013 e 2014, quando saímos de um V8 normal para um V6 complexo, com gerenciamento de bateria e todas essas coisas.”

“Na época, foi um choque perceber o quanto o piloto precisava pensar em coisas que no V8 a gente nunca pensava. Mas depois todos nós nos acostumamos, adotamos e agora parece normal.”

Ele acredita que em 2026 será da mesma forma: “No começo vamos ficar pensando ‘o que tá acontecendo aqui?’, mas depois tudo vai parecer mais natural. A questão é: será que o novo normal vai ser melhor que o antigo? Essa é a pergunta que todo mundo quer responder. Se a gente tiver que fazer seis ou sete trocas de configuração por volta, a gente vai fazer. E vai ficar bom nisso, como sempre ficamos.”

Albon acrescentou dizendo que o trabalho do piloto vai ser bem mais intenso: “É difícil de pilotar. O esforço mental sobre o piloto também é alta. Você tem que aprender um jeito novo de pilotar.”

Ele não se impressionou tanto com a performance do carro, mas com a nova unidade de potência: “Foi mais uma questão de entender como tirar o máximo dela. No fim das contas, eu só quero boas corridas. Todos nós só queremos boas corridas.”

Mesmo com todas essas mudanças, ele não acha que a F1 vai virar uma “Fórmula E com lift and coast”: “Não acho que vai mudar tanto assim, mas vai ser diferente.”

E finalizou dizendo que os pilotos que tem mais facilidade em se adaptar vão se destacar: “Não estou reclamando. Só estou dizendo que é diferente. Um piloto que consegue se adaptar rápido, que entende o sistema e saiba usar bem, vai encontrar um bom desempenho nisso também.”



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