F1: Sainz aposta na força do motor Mercedes com novo regulamento em 2026

Carlos Sainz demonstrou confiança no desempenho do motor Mercedes para a próxima geração de regulamentos da Fórmula 1, que entrará em vigor em 2026. As novas regras preveem uma mudança profunda no conceito das unidades de potência, priorizando combustíveis sustentáveis e maior eficiência de custos, o que pode redefinir o equilíbrio de forças entre as equipes da categoria.

Rumores no paddock indicam que a Mercedes pode começar a nova era com o motor mais competitivo do grid. Para Sainz, esse foi um dos fatores determinantes na escolha pela Williams a partir desta temporada. “Sim, tenho muita confiança no motor Mercedes”, declarou em entrevista ao programa espanhol El Partidazo de COPE. “Na verdade, foi uma das principais razões pelas quais escolhi a Williams para essa nova fase. Sabia que usaríamos a unidade de potência da Mercedes, e tudo o que ouvi sobre ela sempre foi positivo.”

Além da Williams, a Mercedes fornecerá seus motores para McLaren e Alpine em 2026. Com quatro equipes e oito carros no grid equipados com a mesma unidade de potência, a disputa promete ser intensa. Sainz, no entanto, destacou que um bom motor não será suficiente se o carro não estiver no nível das rivais. “Não podemos esquecer que Mercedes terá seu motor, McLaren também, Alpine e Williams. São quatro equipes com o mesmo propulsor, e duas delas, especialmente a McLaren, estão à frente neste momento”, ressaltou.

Carlos Sainz (ESP) Atlassian Williams Racing FW47.
Foto: XPB Images

“Por melhor que seja o motor, ainda é preciso acertar tudo com o chassi. E claro, a Aston Martin com a Honda será competitiva, e a Ferrari sempre estará na luta. A Ferrari sempre está na briga”, completou o espanhol.

James Vowles, chefe da Williams e ex-integrante da Mercedes no início da era híbrida em 2014, lembrou que a equipe alemã tem um histórico forte em mudanças de regulamento. Na época, a Mercedes começou a era do V6 híbrido com uma unidade de potência dominante, o que contribuiu para os títulos consecutivos e para o bom desempenho da Williams, que terminou em terceiro lugar nos campeonatos de 2014 e 2015.

Mesmo assim, Vowles admite que ainda é impossível saber quem realmente está na frente nesta nova fase. “É uma conversa interessante no paddock porque ninguém sabe. Esse é o fato”, afirmou. “Não é como se todos os fabricantes de unidade de potência se reunissem com cartas na mesa para comparar potência, parte elétrica, peso ou eficiência de refrigeração.”

“É verdade que a Mercedes sempre se destacou em mudanças de regulamento porque investe antes dos outros, antecipa tendências. Não há dúvida disso. Mas a realidade é que não sabemos o que Ferrari ou Honda têm nas mãos”, explicou o dirigente. “É um completo desconhecido neste momento. Estou muito satisfeito com o trabalho e a preparação que têm feito, mas até as luzes se apagarem na Austrália, ninguém saberá.”

A temporada 2026 da Fórmula 1 promete uma revolução técnica, e a disputa pelo melhor motor pode ser decisiva na briga pelo topo do grid. A Mercedes aposta em repetir o sucesso da última grande mudança técnica, enquanto rivais como Ferrari e Honda trabalham intensamente para reduzir a diferença e desafiar a hegemonia da marca alemã.



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