A Red Bull Racing vive mais um capítulo de transformações internas após a saída de Helmut Marko, figura central na estrutura da equipe por mais de duas décadas. O consultor deixará o time ainda este ano, em um movimento que altera de forma significativa o ambiente ao qual Max Verstappen estava acostumado.
Influente desde a criação da Red Bull Racing, Marko foi responsável por conduzir grandes talentos à Fórmula 1, entre eles Sebastian Vettel, Carlos Sainz, Pierre Gasly, Alexander Albon e, sobretudo, Verstappen. Seu papel foi decisivo tanto para a chegada do holandês à categoria quanto para sua promoção à equipe principal. Em momentos de tensão interna, como a investigação envolvendo o ex-chefe da equipe, Christian Horner, Marko esteve firmemente no lado de Verstappen.
A saída do dirigente impacta diretamente o contexto em que Isack Hadjar fará sua estreia pela Red Bull Racing em 2026. O francês-argelino chegou ao time justamente pelas mãos de Marko, após um ano de estreia marcante com a Racing Bulls, que incluiu seu primeiro pódio na Fórmula 1.
Sem Marko, o equilíbrio interno pode mudar. Estreantes tradicionalmente enfrentaram enorme pressão dentro do programa júnior da Red Bull, especialmente ao lado de Verstappen. Agora, com a Red Bull GmbH assumindo maior controle das operações diárias do time, cresce a expectativa de que a equipe adote uma abordagem menos centrada em um único piloto, em linha com o modelo da McLaren, onde não há hierarquia explícita entre os competidores.
Nesse novo cenário, Hadjar pode encontrar um ambiente mais favorável do que o imaginado inicialmente. Ainda assim, superar ou igualar o rendimento de um tetracampeão como Verstappen, continua sendo um desafio considerável para qualquer piloto, mesmo em tempos de mudança.