F1: Russell não sabe explicar problema da Mercedes na era do efeito solo

George Russell não soube apontar exatamente o que a Mercedes deixou de fazer em relação a Red Bull Racing e McLaren, durante a era dos carros com efeito solo na Fórmula 1. Em uma temporada marcada por inconstâncias, a equipe de Brackley não conseguiu competir por títulos desde 2022, o que gerou frustração interna e externa.

Apesar das promessas iniciais, a Mercedes não conseguiu se adaptar aos regulamentos que incluíram o efeito solo, e que apresentaram desafios específicos. A equipe ficou atrás de seus concorrentes em grande parte das últimas temporadas, apesar de conquistar algumas vitórias. Em 2025, terminou novamente em segundo lugar, mas sem conseguir reverter a supremacia da McLaren. Quando questionado sobre o que a equipe perdeu em relação aos concorrentes diretos, Russell não conseguiu fornecer uma explicação clara.

“Eu acho que tem sido um conjunto de regulamentos extremamente desafiadores, para ser honesto”, disse o piloto britânico, em entrevista ao RacingNews365. “E obviamente, nesta segunda metade do ano, a Red Bull esteve em um nível muito alto. Mas se eu tivesse respondido a essa pergunta nas férias no meio do ano, eu teria argumentado que estávamos em um nível semelhante ao da Red Bull”, afirmou.

Russell também mencionou a surpresa que foi o desempenho de McLaren, que encontrou uma solução que levou a equipe a figurar entre as mais fortes ao longo da última temporada: “A McLaren estava em uma posição mais inferior no começo e, obviamente, encontrou algo muito espetacular”.

George Russell (GBR) Mercedes AMG F1.
Foto: XPB Images

O piloto da Mercedes também abordou as dificuldades iniciais da equipe com o conceito de carro de 2022, o radical ‘zero-sidepod’ que acabou sendo abandonado após mais de um ano de tentativas frustradas. A decisão de persistir naquele conceito atrasou o desenvolvimento e fez com que a equipe perdesse uma vantagem crucial em relação a Red Bull, que começou a temporada com menos problemas de ‘porpoising’ e teve um início de desenvolvimento mais consistente.

“Eu acho que o problema foi mais onde começamos. Provavelmente começamos no caminho errado e acabamos nos afastando, o que nos forçou a reverter. Claramente, a Red Bull teve o menor nível de ‘porpoising’ em 2022 e teve uma vantagem de seis a oito meses sobre todo mundo enquanto tentávamos resolver isso”, acrescentou.

Russell acredita que a próxima geração de regulamentos a partir de 2026, será diferente, e os problemas vividos pela Mercedes em 2022 não devem se repetir: “Eu não acho que esses novos regulamentos irão impactar a próxima temporada como foi anteriormente, porque os problemas serão totalmente diferentes”, completou.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.