George Russell demonstrou confiança no novo motor que a Mercedes prepara para a Fórmula 1 em 2026, mas fez questão de minimizar qualquer rótulo de favoritismo para a equipe. O britânico destacou que a mudança no regulamento será profunda e que outros times também terão acesso à mesma unidade de potência.
“Estou definitivamente muito confiante sobre a unidade de potência”, afirmou Russell. “Acho que, em média, nos últimos dez anos ou até mais, não me lembro de quando a Mercedes não teve o melhor motor da F1. Ok, talvez com exceção de 2019, mas obviamente havia alguns outros motivos para isso!”, brincou, em referência ao polêmico motor da Ferrari naquele ano.
O piloto destacou a tradição da Mercedes, lembrando que o desempenho consistente do motor vem desde a era dos V8: “Mesmo antes da mudança de regulamento, no período dos V8, o motor Mercedes já era provavelmente o mais competitivo do grid. Então, estou muito confiante na organização em Brixworth”, disse ele.
Apesar dessa confiança, Russell reconheceu que o cenário é bem mais amplo. Além da equipe oficial, McLaren, Williams e Alpine também terão motores Mercedes em 2026, o que significa que alguns concorrentes diretos poderão usufruir da mesma base técnica.

“Claro que, para nós na Mercedes, sabemos que a McLaren terá o mesmo motor, a Alpine terá esse motor, e até a Williams está mais forte este ano. Então, só porque estamos confiantes em ter uma unidade de potência forte e bons combustíveis com a Petronas, não significa que seremos o time a ser batido. Você não pode relaxar, porque há muita gente no grid que também tem o seu motor”, acrescentou.
Russell lembrou que a ausência de títulos recentes da Mercedes não se deveu ao motor: “Temos que ficar atentos. No fim das contas, o motivo de não vencermos campeonatos nos últimos quatro anos não foi o motor. Estamos bem cientes disso”, encerrou o piloto britânico.
