F1: Ritmo lento de Alonso impediu desastre maior para a McLaren no Catar

A estratégia equivocada da McLaren no GP do Catar teria causado mais danos aos resultados de Lando Norris e Oscar Piastri se a Aston Martin não estivesse enfrentando forte degradação de pneus que os forçou a adotar uma postura conservadora na prova de domingo, principalmente com Fernando Alonso.

Conversas de rádio revelam que Alonso concordou em reduzir o ritmo desde o início, seguindo orientações prévias de seu engenheiro, Ander Vizard. Esse andamento mais lento acabou beneficiando diretamente a McLaren, que não chamou Oscar Piastri e Lando Norris aos boxes durante o Safety Car na volta 7. Após a relargada, os dois pilotos se viram atrás de Max Verstappen (Red Bull), Carlos Sainz (Williams) e Kimi Antonelli (Mercedes). A diferença de quase oito segundos que Alonso deixou para o carro à frente evitou que mais tráfego se colocasse entre eles.

Fernando Alonso (ESP) Aston Martin F1 Team AMR25.
Foto: XPB Images

O espanhol recebeu as primeiras instruções ainda na volta 6:

Volta 6/57 – ALO: 1’45.813
Vizard: “Se puder levantar o pé um pouco mais cedo na curva 12, seria bom.”

Volta 7/57
Vizard: “Safety Car… Fernando, o que você acha do equilíbrio aerodinâmico?”
Alonso: “Acho que está baixo, mas os pneus ainda estão ok.”
Vizard: “Vamos aos boxes nesta volta.”

Após o reinício, Alonso manteve um ritmo contido, segurando um pelotão com Isack Hadjar (Racing Bulls), George Russell (Mercedes) e Charles Leclerc (Ferrari). Inicialmente, ele até rejeitou a sugestão de forçar mais. Isso ajudou especialmente Norris, que, segundo a Aston Martin, deveria retornar dos boxes atrás de Alonso.

Piastri ainda voltou à frente de Alonso ao parar e terminou em segundo, enquanto Norris conseguiu recuperar o quarto lugar. A McLaren teve uma noite complicada, mas a administração agressiva de pneus da Aston Martin impediu que o prejuízo fosse ainda maior.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.