Duas semanas após a saída repentina de Christian Horner do comando da Red Bull, parte da equipe austríaca ainda lida com o choque da decisão. Ao contrário de veículos da imprensa holandesa, que já especulavam sobre o desgaste do chefe de equipe, muitos funcionários não esperavam que Horner fosse afastado. A demissão ainda gera desconforto e lamento entre os colaboradores.
Fontes dentro da equipe revelam que um grupo significativo em Milton Keynes era contra a saída de Horner e mantinha forte lealdade ao britânico. No entanto, outra parte, principalmente aqueles que enfrentaram atritos com Horner nos últimos 18 meses, teria recebido a notícia com alívio. Entre os que celebraram a mudança está Helmut Marko, consultor da Red Bull, cuja relação com Horner havia se tornado tensa nos últimos tempos.

Em redes sociais, colaboradores manifestaram tristeza e surpresa com a saída de Horner. Um funcionário da fábrica da Red Bull em Milton Keynes publicou no LinkedIn: “Na minha opinião, ele foi o melhor chefe de equipe que o esporte já viu. Mesmo com uma imagem pública que podia parecer arrogante, era um homem humilde e genuíno, alguém que todos nós admirávamos.”
O mesmo colaborador comparou a saída de Horner a uma perda de identidade: “Hoje, parece que o coração e a alma da equipe foram arrancados. Não é verdade, mas é o que o olhar de muitos aqui transparece.” Apesar dos elogios ao ex-líder, o funcionário destacou que a Red Bull não depende de uma única pessoa, citando inclusive Max Verstappen, responsável pelos títulos recentes da equipe: “Vamos superar isso, como já superamos outros desafios. Nenhuma equipe é feita por uma só pessoa, é um trabalho coletivo. Mas, no momento, é inegável: perdemos nosso líder e, com ele, parte de quem somos.”
A Red Bull terá o comando de Laurent Mekies pela primeira vez durante o GP da Bélgica, que acontece entre 25 e 27 de julho.
