O ex-piloto de Fórmula 1 e atual comentarista, Ralf Schumacher, voltou a criticar de forma dura o desempenho de Lance Stroll, afirmando que o canadense vive um momento ‘desastroso’ na Aston Martin. A declaração foi feita no podcast da Sky alemã, onde o ex-piloto reforçou que a diferença de performance para Fernando Alonso segue sendo um problema evidente para a equipe.
Stroll não supera Alonso em sessões de classificação desde o GP da Inglaterra do ano passado, uma sequência de 31 corridas. Apesar disso, o canadense soma 32 pontos na temporada, apenas oito a menos que o bicampeão de F1, que também enfrentou mais episódios de falta de sorte ao longo do ano.
Schumacher destacou que, mesmo considerando o talento de Alonso, a disparidade não pode ser ignorada: “A performance em sessões de classificação é zero contra o infinito, o que mais há para dizer? É simples, é um desastre”, afirmou.
Ele acrescentou que, embora Stroll tenha bons momentos em algumas corridas, o cenário exige reflexão: “Se sou constantemente mais lento que Fernando, que é excepcional mas está no fim da carreira, talvez seja hora de tirar os ‘óculos cor-de-rosa’ e encarar a realidade”, disse ele.
A Aston Martin vive um momento de grande transformação antes de 2026, quando estreia seu primeiro carro concebido por Adrian Newey e inicia a parceria oficial com a Honda como equipe de fábrica. A estrutura em Silverstone também passou por investimentos pesados, incluindo uma nova fábrica e túnel de vento.
Mesmo com o foco em crescimento, o futuro da dupla de pilotos segue em debate. A equipe foi recentemente associada a nomes como Max Verstappen, Charles Leclerc e Oscar Piastri, embora Stroll e Alonso sigam como titulares no próximo ano, e desde 2023.
Schumacher reconhece que Stroll poderia cumprir bem o papel de segundo piloto, mas acredita que a equipe pode ter de repensar sua formação no médio prazo, especialmente com a possível aposentadoria de Alonso: “O carro também é um problema. Ele pode ser um bom pontuador, um bom número dois. Mas nesse caso, o orgulho paterno é maior que a realidade”, disse ele se referindo a Lawrence Stroll, proprietário da equipe.
O ex-piloto afirmou: “De uma perspectiva externa, duas novas contratações em algum momento não seriam tão ruins, se Alonso parar”, completou Schumacher.
A pressão sobre Stroll aumenta em meio a um projeto ambicioso da Aston Martin, que busca pela primeira vez se estabelecer como força constante na luta por vitórias.
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