F1: Prost não acredita em retorno da Renault à categoria

Alain Prost, ex-piloto e tetracampeão na Fórmula 1, além de também ser ex-piloto da Renault, falou sobre o futuro da marca francesa na categoria, após a decisão da montadora deixar de fornecer motores para sua equipe própria na F1, a Alpine depois da temporada 2025. A Renault, que tem uma longa história na Fórmula 1 como equipe e fornecedora de motores, vai encerrar sua participação, com a Alpine passando a utilizar unidades de potência da Mercedes a partir de 2026.

Essa decisão de abandonar a F1 veio após uma queda no desempenho dos motores Renault, que inicialmente demonstraram grande potencial com a mudança nas regulamentações, mas que rapidamente sofreram uma queda de rendimento. Após terminar em quarto lugar em 2022, o desempenho da Alpine com motores Renault foi progressivamente piorando, com a equipe caindo para a sexta posição em 2023 e 2024, e terminando em último no campeonato de construtores em 2025.

Prost, que iniciou sua carreira na F1 com a McLaren, mas teve um longo relacionamento com a Renault, onde quase conquistou seu primeiro título em 1983, lamentou a saída da marca, mas reconheceu os desafios financeiros envolvidos: “Eu entendo a decisão do ponto de vista financeiro, especialmente ao manter uma equipe baseada na França, onde os custos são mais altos do que em países como a Inglaterra”, disse ele.

Aos 69 anos, Prost também refletiu sobre sua longa trajetória com a Renault, destacando que, apesar de triste, o fim da presença da marca na F1 não apaga sua história: “É uma pena, porque tenho uma longa história com eles, e a Renault sempre fez parte da história da F1. Todos nós somos parte disso”, acrescentou.

Renault Sport F1 Team logo
Foto: XPB Images

Mesmo com o time da Renault ter conseguido retornar à F1 em outras ocasiões, Prost acredita que as novas regulamentações tornam qualquer tentativa de retorno um grande desafio: “Vai ser muito difícil para eles voltarem. Talvez daqui a muito tempo, mas neste momento, é muito difícil. Talvez de uma outra maneira”, finalizou o francês, reconhecendo a complexidade do cenário atual da categoria.

Com a base de motores da Renault em Viry-Chatillon agora sendo redirecionada para o programa Hypercar da Alpine no WEC, a saída da F1 marca o fim de uma era. Prost, que também teve um papel significativo na criação do time de Fórmula E da Renault, e na função de consultor da equipe de Fórmula 1, agora vê um futuro incerto para a marca francesa na principal categoria do automobilismo mundial.



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