A Fórmula 1 se prepara para mais um desafio neste domingo (27) com a realização do GP da Bélgica 2025, em Spa-Francorchamps, e as estratégias de pneus prometem ser decisivas, especialmente com a previsão de chuva para a corrida. Depois da vitória de Max Verstappen na Sprint de sábado, todas as atenções se voltam para a escolha correta dos compostos no dia da prova.
Com o fim de semana no formato de Sprint, as equipes tiveram apenas uma sessão de treinos livres antes de duas classificações – uma para a Sprint e outra para a corrida principal. Essa limitação faz com que o gerenciamento dos pneus ganhe ainda mais importância.
Entre os pilotos que largam na frente, Verstappen é o único que ainda tem dois jogos de pneus duros disponíveis. Por outro lado, o holandês da Red Bull tem apenas dois jogos de médios restantes – um novo e um usado. Os pilotos da McLaren contam com um jogo extra de médios usados, enquanto Charles Leclerc possui um jogo adicional de médios novos, o que pode abrir opções táticas para a Ferrari.

Nenhum dos quatro primeiros no grid tem pneus macios novos. Todos eles dispõem apenas de três jogos usados do composto mais macio.
De acordo com a Pirelli, fornecedora oficial de pneus da F1, a estratégia ideal para uma corrida em condições normais em Spa seria de duas paradas, largando com macios e depois optando pelos médios. Há também a possibilidade de uma parada única, como George Russell tentou no ano passado. Porém, na ocasião, o britânico acabou desclassificado porque seu carro ficou abaixo do peso mínimo exigido.
O diretor de automobilismo da Pirelli, Mario Isola, explicou a situação: “As condições mudaram muito desde sexta-feira. Com pista seca, poderíamos considerar o uso do pneu duro, mas com as temperaturas mais baixas e a possibilidade de chuva, é difícil colocá-lo na temperatura ideal. A tendência é que as equipes usem macio e médio.”

Além disso, o dirigente reforçou que a transição entre pista molhada e seca será um fator crítico: “O momento certo para trocar o tipo de pneu será decisivo. Parar cedo demais pode custar de oito a dez segundos em apenas uma volta, o que é muito difícil de recuperar. Parar tarde demais pode trazer perdas parecidas.”
A previsão aponta para instabilidade durante todo o período da corrida, e a Fórmula 3 já teve uma prova cancelada neste domingo por conta do mau tempo. A corrida da Fórmula 2 também foi fortemente afetada pela chuva, servindo de alerta para as equipes da categoria principal.
Isola finalizou destacando a preferência pelo composto médio em cenários de mudança de pista molhada para seca: “O médio dá mais flexibilidade, tem menor degradação e está próximo em desempenho ao macio. Em uma condição de pista que começa molhada e vai secando, a maioria deve migrar para o médio.”
Com esse cenário imprevisível, o GP da Bélgica promete ser mais uma corrida de estratégia e leitura precisa das condições de pista. A largada acontece às 10h (horário de Brasília).
