Os pilotos da GPDA estão se unindo para fazer um apelo à indústria do Kart, aos organizadores de corridas e à FIA, para interromperem um desenvolvimento técnico ‘perigoso’ que tem sido observado nas categorias de base do esporte. A preocupação foi destacada por Alexander Wurz, ex-piloto de Fórmula 1 e presidente da GPDA (Associação dos Pilotos de Fórmula 1), que revelou que as mudanças recentes nos karts estão comprometendo a segurança e a essência do esporte.
Tradicionalmente, o Kart é a base para todo o automobilismo e foi para todos os pilotos da Fórmula 1, e tem experimentado uma crescente introdução de partes aerodinâmicas nos veículos, como asas e sistemas de downforce. Embora o objetivo seja melhorar o desempenho, os pilotos da F1 não veem essas modificações com bons olhos. “Eles estão introduzindo assoalhos, asas e configurações de downforce”, afirmou Wurz. “Achamos isso absolutamente insano, porque o Kart é algo simples e divertido, e essas mudanças tornam tudo ainda mais caro e, possivelmente mais perigoso. Não vemos benefícios para o esporte, apenas desvantagens”, disse ele.
A principal preocupação dos pilotos da GPDA é que as inovações, especialmente em condições de chuva, resultem em aumento de spray, o que prejudica a visibilidade e eleva o risco de acidentes. Segundo Wurz, os pilotos estão preocupados com o impacto nas crianças que ingressam no kartismo e com a direção que o esporte está tomando: “Estamos preocupados com os jovens no Kart. Achamos que essa direção está errada e deve ser interrompida”, acrescentou.

Ele também destacou que as modificações não beneficiam a segurança ou o espetáculo das corridas, além de representarem um aumento significativo de custos: “Se for para o benefício comercial dos fabricantes, precisamos dizer não. Eles precisam fazer negócios, claro, mas essa direção parece equivocada”, completou Wurz.
Com o apoio de todos os pilotos da Fórmula 1, Wurz fez um forte apelo para que as mudanças sejam revistas e que a segurança e o espírito esportivo prevaleçam. A GPDA está portanto, em busca de uma ação coletiva que evite que o kartismo siga por esse caminho perigoso.
