F1: Pilotos alertam que o pneu médio pode ser a melhor escolha no GP de São Paulo

Pneus mais duros e diferenças mínimas entre compostos mudam a leitura estratégica para o GP de São Paulo da Fórmula 1

A classificação deste sábado (8) para o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 expôs um detalhe que pode ser decisivo na corrida de domingo: a diferença entre os compostos da Pirelli está menor do que o esperado, e isso bagunça as estratégias.
Os três primeiros colocados — Lando Norris, Kimi Antonelli e Charles Leclerc — destacaram que o pneu médio se mostrou surpreendentemente consistente, enquanto o macio, usado na maior parte das voltas rápidas, não entregou o mesmo desempenho do passado.

Lando Norris, autor da pole e vencedor da Sprint pela manhã, reconheceu que a leitura de estratégia será mais complexa. “O macio não está se comportando como antes. A diferença para o médio é menor, o que muda toda a leitura de corrida. O composto mais macio não tem o mesmo equilíbrio e degradação que tínhamos em 2024. Então, o trabalho de sábado à noite é entender o quanto podemos arriscar”, explicou o piloto da McLaren.

Kimi Antonelli, segundo no grid, foi ainda mais direto. “O salto entre médio e macio é muito pequeno. O médio parece até melhor — mais robusto e estável na volta toda. A gente pensou até em usar o médio na classificação, porque ele se comportou muito bem na Sprint, até melhor do que o macio nas primeiras voltas. No fim, deixamos o jogo novo para a corrida, mas é um cenário diferente do que estamos acostumados”, disse o italiano da Mercedes.

Charles Leclerc, terceiro, destacou que o acerto fino foi fundamental para extrair o máximo. “Mudamos um pouco o carro entre a manhã e a tarde, e isso ajudou. Mas o grip segue inconsistente. A diferença de aderência é muito pequena, e com o vento mudando tanto, às vezes o pneu que era o certo em um trecho vira o errado no outro”, resumiu o monegasco.

Com previsão de temperaturas mais baixas para o domingo, a vantagem do pneu médio pode se confirmar — abrindo espaço para estratégias alternadas e variações de ritmo ao longo das 71 voltas. Como resumiu Antonelli, “a corrida vai ser menos sobre qual pneu é melhor, e mais sobre quem conseguir mantê-lo vivo até o fim”.

O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo de F1 in loco, com cobertura de Gabriel Gavinelli, Leonardo Marson e Nathalia De Vivo, direto de Interlagos.