Oscar Piastri afirmou que a McLaren já teve conversas internas para esclarecer a polêmica troca de posições entre ele e Lando Norris no GP da Itália de Fórmula 1. O australiano, que abriu mão do segundo lugar nas voltas finais em Monza para devolver a posição ao companheiro, disse que o episódio foi amplamente debatido e que a equipe está alinhada sobre como seguirá disputando as corridas.
“Naturalmente, houve reflexões, sim. Tivemos boas conversas com a equipe. Foi um momento muito comentado, mas já esclarecemos muitas coisas e sabemos como vamos correr daqui para frente, que é o mais importante. O que aconteceu já ficou para trás, e estou animado para correr aqui em Baku”, afirmou Piastri.
Apesar da transparência em reconhecer os diálogos, o piloto evitou detalhar todos os cenários que poderiam levar a McLaren a repetir a decisão: “Não posso entrar em cada situação. Em Monza, além do pit stop lento, houve outro fator relacionado à ordem em que paramos, que contribuiu para a troca. Esse ponto eu posso falar, porque já aconteceu. Mas não dá para planejar todos os cenários. Estamos muito alinhados e respeito as decisões da equipe, confiando que sempre tentarão tomar as melhores.”

Questionado se aceitaria novamente uma ordem idêntica, Piastri admitiu que sim: “Se fosse exatamente a mesma situação, eu esperaria que fosse igual. Mas a probabilidade de isso se repetir é praticamente nula, cada corrida é diferente. Houve um fator que justificou a decisão, e eu respeito isso”, disse ele.
O australiano também reforçou a posição que havia expressado via rádio, ao afirmar que pit stops lentos não fazem parte dos critérios da McLaren para determinar ordens de equipe: “Ainda mantenho essa posição. Essa foi uma decisão nossa, pois um pit stop lento faz parte das corridas. Claro que no carro, naquele momento, eu não tinha todo o contexto sobre a sequência das paradas. Depois, entendi o motivo pelo qual houve a troca.”
Piastri desconversou quando perguntado se aceitaria devolver a posição se a disputa fosse pela vitória: “Não sei. Não era esse o cenário. Tornaria as coisas mais difíceis, provavelmente, mas não sei se o resultado seria diferente. E não pretendo me encontrar nessa situação”, acrescentou.
Para ele, o mais importante é olhar para frente: “No fim das contas, o que tiro de Monza é que foi um final de semana em que eu merecia terminar em terceiro. Não tinha ritmo para o segundo lugar. Fui rápido em alguns momentos, mas não o suficiente durante todo o fim de semana. Esse é o foco para seguir evoluindo”, encerrou o piloto australiano.
