Oscar Piastri viveu um dos momentos mais frustrantes de sua ainda jovem carreira na Fórmula 1, durante o GP da Inglaterra. Após liderar parte da prova, o australiano foi penalizado com dez segundos por conduta considerada errática durante o período de Safety Car, o que custou diretamente sua chance de vitória em Silverstone.
A punição foi aplicada após os comissários concluírem que Piastri freou de forma abrupta enquanto aquecia os freios antes da relargada, infringindo o artigo 55.15 do Regulamento Esportivo. Esse trecho do regulamento proíbe manobras imprevisíveis ou perigosas sob regime de carro de segurança, ação que poderia ter causado um efeito em cadeia no pelotão, especialmente em condições de baixa visibilidade.
Martin Brundle, comentarista na Sky Sports F1, destacou o episódio em sua coluna pós-corrida e chamou atenção para uma faceta pouco vista do piloto da McLaren: “Foi a primeira vez que vimos o lado irritado do calmo e silencioso ‘assassino australiano’,” escreveu o ex-piloto de F1.
Brundle afirmou que, embora Piastri estivesse apenas tentando aquecer os freios, os dados mostraram uma redução de 160 km/h na velocidade no momento da manobra, o que afastou qualquer possibilidade de atenuação da pena para cinco segundos. “Dez segundos é a penalidade padrão, a menos que haja circunstâncias atenuantes. Mas diante da intensidade da freada e da perda de velocidade registrada, os comissários decidiram manter a punição mais severa”, completou.

Após cumprir a penalidade em seu último pit-stop, Piastri caiu para a segunda posição e ficou atrás do companheiro de equipe, Lando Norris. Inconformado com o desfecho, o australiano chegou a sugerir via rádio que a McLaren invertesse as posições, caso considerasse a punição injusta. A atitude foi considerada ‘mais do que ousada’ por Brundle.
O episódio não apenas tirou a vitória de Piastri, como também revelou um novo traço de personalidade do piloto, que até então vinha sendo descrito como sereno e contido no mundo da Fórmula 1.
