A Fórmula 1 retorna neste fim de semana com a 13ª etapa da temporada 2025, o GP da Bélgica, no tradicional circuito de Spa-Francorchamps. A expectativa é alta não apenas pelo formato Sprint, que estará de volta, mas também por conta da disputa acirrada pelo título entre Oscar Piastri e Lando Norris. O fim de semana marcará ainda o início da segunda metade do campeonato e pode trazer mudanças importantes na tabela.
Spa é o circuito mais longo do calendário da F1, com seus 7,004 km de extensão. A primeira curva fica a apenas 165 metros da pole position, o que costuma embaralhar o grid logo na largada. Em 2024, foram registradas 62 ultrapassagens durante a corrida, e a probabilidade de entrada do Safety Car é de 63%, segundo estatísticas das oito últimas provas realizadas no traçado belga.
A programação do fim de semana será adaptada ao formato Sprint: o TL1 e a Qualificação Sprint acontecem na sexta-feira (25), a Sprint e a classificação para o GP estão marcadas para o sábado (26), enquanto a corrida principal será no domingo (27).
A Pirelli escolheu para Spa uma combinação pouco usual de pneus: duro C1, médio C3 e macio C4. Essa seleção com compostos não consecutivos, algo que não acontecia desde o GP da Austrália de 2022, promete impactar diretamente nas estratégias de corrida. A expectativa é de que o domingo tenha uma corrida com duas paradas como o cenário mais provável. Como é um fim de semana Sprint, os pilotos terão apenas uma hora de treinos livres e 12 jogos de pneus secos: seis macios, quatro médios e dois duros.
As condições climáticas também serão fator importante. Spa é conhecido pela imprevisibilidade do tempo, mesmo no auge do verão europeu. Por isso, é possível que os compostos intermediários e para chuva extrema entrem em ação durante o fim de semana.
Na disputa pelo título, Oscar Piastri chega à Bélgica ainda na liderança, mas com vantagem reduzida. Lando Norris venceu as duas últimas provas — Áustria e Inglaterra — e está apenas oito pontos atrás do companheiro de equipe na McLaren. Depois de uma penalização de 10 segundos em Silverstone, Piastri buscará recuperação para retomar o controle da situação.
A Ferrari, que ficou perto de um pódio na última etapa, tentará transformar a boa forma recente em resultados concretos. Já a Mercedes, que ocupa a terceira posição no campeonato de construtores, torce por temperaturas mais amenas em Spa, que favorecem o desempenho do W16. Em 2024, George Russell venceu a corrida, mas foi desclassificado por irregularidades técnicas.
A Red Bull também chega ao GP da Bélgica em um momento delicado. A saída de Christian Horner da chefia da equipe ainda repercute no paddock, enquanto Max Verstappen, que venceu três vezes em Spa, tenta voltar ao topo após um começo de ano inconsistente.
Na disputa do pelotão intermediário, a Sauber surpreendeu com o pódio de Nico Hulkenberg em Silverstone, levando a equipe a encostar na Williams na tabela. O desempenho em Spa será um bom termômetro para avaliar se o bom momento da equipe suíça terá continuidade ou se outras rivais vão se destacar.
O circuito de Spa-Francorchamps tem uma longa tradição na Fórmula 1. A primeira corrida válida pelo campeonato foi em 1950. Michael Schumacher é o maior vencedor, com seis vitórias, mesmo número de poles conquistadas por Lewis Hamilton. A volta mais rápida da pista pertence a Sergio Pérez, com 1m44s701, registrada em 2024.
Além dos desafios técnicos do circuito — como a icônica sequência de curvas em Pouhon e a frenagem decisiva para a chicane da Bus Stop —, a combinação entre velocidade, clima incerto e estratégia de pneus torna o GP da Bélgica um dos mais imprevisíveis e emocionantes do calendário.
A corrida em Spa pode não decidir o campeonato, mas certamente influenciará o rumo da disputa entre Piastri e Norris, enquanto outras equipes tentarão aproveitar o formato Sprint para surpreender.
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