A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) promoveu uma alteração no Código Esportivo Internacional (ISC) que passa a valer a partir de 2026 e impacta diretamente a atuação dos comissários na Fórmula 1. A principal mudança permite que eles revisem decisões tomadas durante as corridas por iniciativa própria.
A novidade foi formalizada com a inclusão do Artigo 14.1.2 no ISC, que autoriza a revisão caso os comissários descubram um “novo elemento significativo e relevante” que não estava disponível no momento da decisão original. Antes disso, o chamado “direito de revisão”, previsto no Artigo 14, só podia ser acionado pelas equipes, que são as destinatárias diretas das decisões.

Um exemplo recente ocorreu após o GP da Holanda, quando a Williams solicitou a revisão da penalidade aplicada a Carlos Sainz por um incidente com Liam Lawson, da Racing Bulls. Inicialmente, o espanhol recebeu 10 segundos de punição e pontos na superlicença, mas, após a análise de imagens onboard de Lawson, que estavam indisponíveis na decisão inicial, os comissários retiraram os pontos da penalidade.
A FIA afirma que a mudança busca tornar o processo decisório mais justo. A decisão é uma forma de amenizar as severas críticas que se acumulam há alguns anos, mas se acentuaram em 2025. Na era moderna da F1, o direito de revisão foi utilizado 14 vezes, com apenas quatro casos bem-sucedidos, incluindo o de Sainz.
