A Aston Martin vive um momento de reestruturação interna na Fórmula 1, e Enrico Cardile é uma das peças centrais desse processo. Recém-contratado como diretor técnico, o italiano deixou claro que a equipe não pretende copiar modelos de rivais, como a Ferrari, onde ele trabalhou por 19 anos.
Em entrevista ao site oficial da equipe, Cardile destacou as diferenças culturais entre a escuderia de Maranello e a Aston Martin, ressaltando que, embora o objetivo de vencer seja o mesmo, a estrutura das equipes é distinta. Segundo ele, a Aston Martin ainda está em fase de construção de processos e ferramentas, como o novo túnel de vento e o simulador, além de buscar uma organização mais enxuta.

“Eu acho que há uma diferença cultural”, afirmou. “Os objetivos são os mesmos: todos estão focados em vencer, mas a equipe de F1 da Ferrari tem uma história muito longa e estável, com processos e ferramentas estabelecidos. Aqui, ainda estamos construindo essas coisas.”
Ele também explicou que uma de suas primeiras mensagens ao grupo foi a importância de criar uma identidade própria. “É bom buscar inspiração em outros lugares, mas copiar a forma como as coisas são feitas em outro lugar não é o caminho.”
Alinhado com Newey, Cowell e Stroll, Cardile afirmou que o foco está em desenvolver os pontos fortes e corrigir as fraquezas da equipe. “Queremos ser a referência, não uma cópia da referência existente”, disse. “Tenho uma visão clara e um plano claro sobre o que precisamos fazer para melhorar a organização.”
