Lando Norris escreveu mais um capítulo importante de sua trajetória na Fórmula 1 ao garantir a pole position para o Grande Prêmio de Mônaco 2025 com uma volta histórica. O britânico da McLaren cravou 1min09s954 e se tornou o primeiro piloto a registrar um tempo abaixo de 70 segundos nas ruas de Monte Carlo. A conquista foi ainda mais especial por ter superado Charles Leclerc nos instantes finais do Q3.
A pole deste sábado marca a primeira da McLaren em Mônaco desde 2007, quando Fernando Alonso largou na frente com um tempo de 1min15s726. Desde então, a equipe de Woking, que lidera o ranking de vitórias no principado com 15 conquistas, não voltava ao topo do grid no circuito mais tradicional da categoria.
Norris mantém uma estatística impressionante: suas últimas quatro vitórias na F1 foram conquistadas partindo da pole position — Austrália, Abu Dhabi, Singapura e GP da Holanda.
Apesar do domínio nos treinos livres, Leclerc não conseguiu converter o desempenho em mais uma pole em casa. O piloto da Ferrari largará em segundo, posição que não traz boas lembranças: ele só venceu uma corrida largando da segunda colocação em toda a carreira, no GP da Áustria de 2022. Nos últimos 21 GPs de Mônaco, apenas três foram vencidos por quem largou em P2.
Oscar Piastri confirmou a boa fase da McLaren e garantiu o terceiro lugar no grid, mantendo a marca de ter largado entre os quatro primeiros em todas as etapas da temporada até agora. Já Lewis Hamilton, após um acidente no TL3 e uma corrida contra o tempo da equipe para reparar seu carro, fez sua melhor classificação com a Ferrari, garantindo o quarto lugar — sua melhor posição de largada em Mônaco desde a pole de 2019.
Max Verstappen, por outro lado, ficou fora das duas primeiras filas em Mônaco pelo segundo ano consecutivo. No time irmão da Red Bull, Isack Hadjar alcançou sua melhor posição de grid na Fórmula 1 com o sexto lugar, em uma performance de destaque.
Fernando Alonso, que voltou ao Q3 pela primeira vez na temporada em Ímola, repetiu o feito e classificou-se em sétimo. Esteban Ocon colocou a Haas na oitava posição, resultado que não era alcançado pela equipe no principado desde 2019. Liam Lawson foi ao Q3 pela primeira vez no ano e vai largar em nono.
Alex Albon fechou o top 10, mas poderia ter saído com um P6 se tivesse repetido no Q3 a volta que fez no Q2 (1min10s732). Seu companheiro de equipe, Carlos Sainz, teve interrompida sua sequência de três GPs consecutivos largando em sexto.
Yuki Tsunoda teve um sábado difícil e marcou sua pior classificação em Mônaco desde 2021, sendo superado pelos dois carros da Racing Bulls. Nico Hülkenberg foi o 13º, repetindo a tendência de largar no meio do pelotão — seu melhor grid neste ano foi um 12º lugar na China.
A Mercedes viveu um dia para esquecer: Kimi Antonelli e George Russell ficaram fora do Q3. Foi a primeira vez desde Imola 2022 que nenhum carro da equipe alemã avançou à fase final da classificação — algo que não acontecia antes disso desde Suzuka 2012. Russell, que havia alcançado o Q3 em todas as etapas de 2025, vai largar em 14º. Antonelli teve sua pior classificação desde sua estreia na Austrália.
O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, ficou muito perto de passar ao Q2: foi eliminado por apenas 0s022, e partirá da 16ª colocação. Pierre Gasly ficou com o 18º tempo, mas herdará a 17ª posição por conta da punição de 10 posições aplicada a Ollie Bearman, que iguala seu pior grid no circuito.
Lance Stroll, da Aston Martin, segue sem conseguir avançar ao Q3 em Mônaco. E Franco Colapinto, em sua segunda corrida pela Alpine, foi o último colocado da classificação — a primeira vez que isso acontece com ele na Fórmula 1.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Mônaco ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.