F1: Montoya critica “política interna” da Ferrari após declarações de Elkann

As críticas do presidente da Ferrari, John Elkann, a Lewis Hamilton e Charles Leclerc, dizendo que eles “precisam se concentrar em pilotar e falar menos”, fizeram Juan Pablo Montoya defender os integrantes da equipe. Para o ex-piloto da Fórmula 1, o principal problema do time italiano é a “política” que domina o ambiente interno.

As falas de Elkann surgiram após o duplo abandono da equipe no GP de São Paulo, resultado que aumentou para 36 pontos a vantagem da Mercedes na briga pelo vice-campeonato Mundial de Construtores. Em entrevista à AS Colombia, Montoya afirmou que o comentário do dirigente é reflexo de pressões internas. “A razão pela qual ele disse isso é porque há uma pressão interna contra ele”, disse. “O maior problema na Ferrari é a política, muita política.”

Charles Leclerc (MON) Ferrari SF-25 and Lewis Hamilton (GBR) Ferrari SF-25 battle for position.
Foto: XPB Images

Montoya também criticou o desempenho do SF-25 em Interlagos, especialmente após os danos no carro de Hamilton no toque com a Williams de Carlis Sainz. “Olhe as imagens onboard de Max… meu Deus. A Ferrari não é boa em desníveis, mas eu não entendo”, afirmou. Para ele, é preciso admitir erros: “Em algum momento, você tem que baixar a guarda e dizer: ‘O que estamos fazendo não está funcionando, vamos tentar algo diferente’.”

As declarações do presidente também foram alvo de outras figuras da F1. O campeão de 2009, Jenson Button, disparou: “Talvez John deva dar o exemplo.” Jacques Villeneuve é outra figura que questionou a escolha das palavras, enquanto Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, avaliou que tais críticas “não deveriam ter sido ditas em público”.

Com apenas três provas restantes em 2025, a Ferrari encara a possibilidade de terminar o ano sem vitórias, algo que não acontece desde 2020.



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