A Mercedes recebeu oficialmente o aval de sua cúpula para tentar contratar Max Verstappen, de acordo com o jornal La Gazzetta dello Sport. O CEO Ola Källenius teria autorizado a equipe a avançar na proposta, mesmo diante do alto custo estimado, algo em torno de US$ 130 milhões.
Possíveis conversas entre Verstappen e a Mercedes recomeçaram nos bastidores após a confirmação da ida de Lewis Hamilton para a Ferrari em 2025. Desde então, Toto Wolff tem intensificado os contatos com o entorno do tetracampeão, reforçando o interesse que já remonta a 2014, quando o austríaco tentou contratá-lo antes de sua estreia na Fórmula 1.
Diferente do ano passado, quando manteve sua fidelidade à Red Bull Racing, Verstappen ainda não se comprometeu publicamente com a equipe de Milton Keynes para 2026, apesar de ter contrato em vigor até 2028. A expectativa é de que ele anuncie sua decisão antes do final das férias da categoria, em agosto. Enquanto isso, Wolff já sinalizou o desejo de definir sua dupla para 2026 também neste intervalo.
Embora tenha contrato até 2028, Verstappen pode se valer de cláusulas de desempenho para encerrar o vínculo antecipadamente. No entanto, mesmo sem a ativação dessas cláusulas, segundo alguns rumores, a Mercedes estaria disposta a pagar para viabilizar a transferência.
A possível saída de Verstappen representa um duro golpe para a Red Bull, sobretudo num momento em que a equipe se prepara para a era dos motores próprios a partir de 2026, através da Red Bull Powetrains-Ford, além da recente saída de Christian Horner do comando do time. O impacto seria ainda maior considerando o domínio que o piloto impôs sobre todos os companheiros de equipe desde 2019.
Segundo a Auto Motor und Sport, a equipe já se movimenta para encontrar substitutos. Isack Hadjar, destaque na atual temporada com a Racing Bulls, é o nome mais cotado para subir à equipe principal, independentemente da permanência ou não de Verstappen. Por outro lado, Yuki Tsunoda, que substituiu Liam Lawson na Red Bull Racing após dois GPs este ano, deve ser dispensado ao fim da temporada, mesmo com garantias anteriores de continuidade.
Lawson, que voltou para a Racing Bulls, deve continuar na equipe em 2026, formando dupla com o promissor Arvid Lindblad. A Red Bull, no entanto, também monitora nomes fora de sua academia de pilotos.
Entre os candidatos estão George Russell, atualmente na própria Mercedes, mas com futuro indefinido e contrato terminando no final deste ano, além de velhos conhecidos como Alex Albon e Pierre Gasly. Carlos Sainz, atualmente na Williams, também surge como uma opção viável caso a vaga se confirme.
O cenário ainda é incerto, mas o mercado de pilotos começa a se reorganizar em torno da possível mudança de Verstappen, o que poderia redefinir o equilíbrio de forças na Fórmula 1 a partir de 2026.
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