A Mercedes tomou uma decisão importante que afeta suas equipes clientes na Fórmula 1. O chefe da equipe, Toto Wolff, anunciou sua intenção de reduzir o número de times equipados com unidades de potência Mercedes no futuro, colocando suas três atuais equipes clientes em alerta.
Desde 2021, a Mercedes tem fornecido motores para três equipes, McLaren, Aston Martin e Williams, além de sua própria equipe, dominando uma parte significativa do grid da F1. Mesmo com a saída da Aston Martin ao final desta temporada, que irá trocar para a Honda em 2026, a Mercedes terá três equipes clientes novamente em 2026, com a Alpine substituindo a Aston Martin. A equipe francesa, que até então utilizava motores Renault, fará a mudança para os propulsores da Mercedes no próximo ciclo.
Apesar de ter contratos com essas equipes para fornecer motores nos próximos cinco anos, Wolff afirmou, em entrevista ao podcast Beyond the Grid, que já discutiu com o presidente da Daimler, Ola Kallenius, a possibilidade de reduzir o número de equipes fornecidas pela marca. Segundo Wolff, o número ideal de equipes seria entre duas e três, contando com a própria Mercedes, dependendo das mudanças nas regulamentações futuras.
“O número ideal de equipes a serem fornecidas é entre duas e três, eu diria. Depende das novas regulamentações. Vamos aprender mais ao fornecer mais unidades de potência, mas ao mesmo tempo teremos que definir os designs mais cedo”, afirmou Wolff.
Ele também destacou que, comparando com a Honda, que fornecerá motores exclusivamente para a Aston Martin, a Mercedes enfrentará um desafio maior ao produzir dezesseis unidades de potência para suas equipes, o que implica em ciclos de produção mais longos: “Se você é a Honda fornecendo apenas quatro ou cinco unidades, os tempos de produção são mais curtos”, explicou Wolff, sugerindo que a Mercedes precisará reduzir sua quantidade de equipes fornecidas para evitar sobrecarga.
Com o status de favorita para o fornecimento de powertrains na F1, a Mercedes já se prepara para receber um foco maior nas corridas de 2026, especialmente no início da temporada, com o GP da Austrália, em Melbourne, em março.
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