A Mercedes afirmou que não está se deixando levar pelo rótulo de favorita para a temporada 2026 da Fórmula 1, mesmo com mudanças nas regras de unidade de potência e aerodinâmica que podem reorganizar o grid e, aparentemente, favorecer a equipe alemã pela semelhança com as diretrizes de 2014, época em que o time foi destaque com Lewis Hamilton.
“Nunca confiantes. Somos pessoas do copo meio vazio, nunca meio cheio”, disse Toto Wolff, chefe da equipe, ao podcast Beyond The Grid. “Começa com o inimigo dentro de casa. A McLaren tem sido a melhor equipe este ano com uma unidade de potência Mercedes, então, se a unidade de potência fosse superior — o que nunca nos sentimos no direito de afirmar — você teria que vencer Williams, McLaren e Alpine.”
Wolff ressaltou que outras equipes podem surpreender: “Algumas terão tido mais tempo de desenvolvimento no túnel de vento ou virão com inovações que talvez não tenhamos percebido. Portanto, nada pode ser dado como garantido, mesmo que a unidade de potência da Mercedes fosse a mais forte.”
Hywel Thomas, chefe da Mercedes High Performance Powertrains, destacou a possibilidade de uma equipe encontrar vantagem mesmo com regras rígidas: “Sempre possível, definitivamente sempre possível. Mas quem pode dizer que alguém não encontrou uma brecha que ninguém mais viu? Não houve uma temporada em que, em dezembro, não pensássemos ‘não temos potência suficiente, não temos confiabilidade suficiente’. Talvez 2025 tenha sido a primeira em que não me senti assim, com a unidade de potência atual. Mas sempre há algo que te pega de surpresa.”
Em 2026, a Mercedes fornecerá unidades de potência para McLaren, Williams e Alpine. Thomas comentou os benefícios de atender várias equipes: “Ter mais de uma equipe significa mais dados, mais informações, mais quilômetros rodados. Mas também exige fabricar mais hardware e tomar decisões mais cedo. Há vantagens e desvantagens, mas provavelmente o ponto ideal está mais perto de quatro equipes do que de uma.”
GP de Abu Dhabi