F1: Mercedes indica seu maior desafio com motores em 2026

A Mercedes identificou qual será o principal desafio que irá enfrentar com a chegada das novas unidades de potência da Fórmula 1 em 2026. Bradley Lord, diretor de comunicações da equipe, explicou que a responsabilidade de fornecer motores para quatro times, trará benefícios importantes, mas também exigirá maior esforço logístico.

O novo regulamento eliminará o MGU-H e estabelecerá uma divisão de 50% entre combustão interna e energia elétrica. A confiabilidade e a capacidade de extrair desempenho rapidamente serão fatores decisivos na disputa entre fabricantes.

Atualmente, a Mercedes fornece motores para Williams, Aston Martin e McLaren, mas a partir de 2026 passará a equipar Alpine, Williams e McLaren, além da própria equipe oficial. Lord acredita que essa rede de clientes pode ser uma vantagem na coleta de dados, mas alerta para a complexidade do processo.

“Há uma vantagem nisso. Mas também traz o desafio de precisar ter mais peças prontas, mais unidades de potência disponíveis, mais produtos prontos mais cedo, para que esses quatro times possam testar e correr”, disse Lord. “O lado positivo é que você obtém muito mais quilometragem de validação e aprende em um ritmo mais rápido, graças à quilometragem que todos os oito motores farão já no primeiro final de semana. Mas se encontrar problemas, terá de entregar soluções para oito conjuntos, não apenas dois ou quatro.”

Carlos Sainz (ESP) Atlassian Williams Racing FW47 and Alexander Albon (THA) Atlassian Williams Racing FW47 leave the pits behind George Russell (GBR) Mercedes AMG F1 W16.
Foto: XPB Images

As novas regras têm gerado preocupação entre pilotos sobre a dirigibilidade dos carros em circuitos velozes como Suzuka e Spa. Porém, Lord destacou a confiança transmitida por Valtteri Bottas, que testou no simulador um protótipo das especificações de 2026: “Ele disse que, quando chegarmos ao início da próxima temporada, será algo que parecerá muito familiar. O foco será extrair desempenho, como ultrapassar, como otimizar o tempo de volta”, acrescentou.

Lord ainda reforçou que, apesar das mudanças técnicas, a essência da categoria será preservada: “Em Melbourne 2026, será a Fórmula 1 que conhecemos. Quando as luzes se apagarem, teremos a mesma disputa roda a roda pela vitória em um GP”, completou.



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