A Mercedes reconheceu que demorou demais para decidir sobre a troca de posições entre George Russell e Kimi Antonelli durante o GP do México de Fórmula 1. A hesitação custou tempo e desempenho aos dois pilotos, permitindo que Oscar Piastri, da McLaren, superasse ambos.
Depois do primeiro pit stop, Russell pediu à equipe para ultrapassar Antonelli, alegando que tinha ritmo para alcançar Oliver Bearman da Haas, que estava à frente. A autorização veio tarde demais, pois os pneus de Russell já haviam superaquecido, e ele não conseguiu recuperar terreno.
“Foi uma situação realmente complicada”, afirmou Bradley Lord, chefe de comunicações da Mercedes, em um vídeo divulgado após a corrida. “Kimi estava pilotando para gerenciar os pneus e cumprir a estratégia de uma parada, exatamente como pedimos. George, por outro lado, estava sob pressão de Piastri, que vinha diminuindo a diferença e, no ar sujo, acabou desgastando mais os pneus porque sentia que tinha ritmo para passar.”
Lord admitiu que a equipe deveria ter agido mais rapidamente: “No fim, decidimos trocar, mas olhando em retrospecto, independentemente de manter as posições ou permitir a troca, o problema foi o atraso. Essa demora não funcionou a nosso favor”, disse ele.

Russell acabou devolvendo a posição a Antonelli, que terminou à frente, em sexto. O jovem italiano também expressou frustração, afirmando que a equipe ‘perdeu a chance de lutar pelo quarto lugar’.
De acordo com Lord, as dificuldades para ultrapassar foram agravadas pelo comportamento dos carros no ar sujo: “Foi muito difícil ultrapassar no México com a baixa carga aerodinâmica. O fenômeno do ar sujo parece mais prejudicial agora do que em qualquer outro momento desde o início deste regulamento, em 2022”, acrescentou.
Lord resumiu a lição aprendida pela Mercedes: “O aprendizado é simples, deveríamos ter sido mais decisivos, seja mantendo as posições ou autorizando a troca mais cedo, em vez de esperar o tempo que esperamos”, completou.
