James Allison, diretor técnico da Mercedes na Fórmula 1, reconheceu que a equipe está enfrentando dificuldades em gerenciar a temperatura dos pneus, o que explica o desempenho instável da equipe nesta temporada.
“Estamos nesse efeito ioiô entre vencer por mérito próprio e ter fins de semana ruins, como tivemos na Áustria e na Inglaterra”, disse Allison à revista ‘Auto Motor und Sport’. “Não é preciso ser um grande especialista para perceber que este campeonato mundial se resume a quem consegue controlar melhor a temperatura dos pneus. E certamente não somos nós.”
Ele explicou que os carros modernos com efeito solo, e o pré-aquecimento reduzido dos pneus tornam o desafio ainda maior. “Dois fatores estão se combinando para tornar tudo mais difícil do que antes. Um deles é o pré-aquecimento limitado dos pneus… Em conjunto com os carros de efeito solo, que exigem muito mais dos pneus em curvas de alta velocidade, o estresse térmico é maior do que no passado.”
Allison também falou sobre a limitação de testes e a falta de dados completos sobre os pneus fazem com que as equipes estejam, em muitos aspectos, “voando às cegas”. “A única forma de entender o comportamento dos pneus é durante os fins de semana de Grande Prêmio. Mas há muitas outras coisas a fazer ao mesmo tempo.”
O chefe da Ferrari, Frédéric Vasseur, também concorda que o gerenciamento dos pneus é o maior desafio da temporada.
“Quem consegue colocar os pneus na janela ideal de funcionamento mais rápido e mantê-los lá, tem um impacto ainda mais significativo quando o grid está tão próximo como está hoje. E é justamente onde está a grande vantagem da McLaren,” disse Vasseur.
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