F1: McLaren questiona legalidade da troca de motor da Red Bull no GP de São Paulo

A impressionante recuperação de Max Verstappen no GP de São Paulo de Fórmula 1, no último domingo (9), não chamou atenção apenas pelo desempenho do holandês, mas também pelas decisões da Red Bull. A escolha por instalar uma nova unidade de potência no carro do tetracampeão mundial criou espaço para um novo debate sobre o uso estratégico de trocas de motor e seus impactos dentro do regulamento.

A decisão foi tomada após uma sexta-feira decepcionante em Interlagos. Tanto Verstappen quanto Yuki Tsunoda foram eliminados ainda no Q1, o que levou a Red Bull a apostar em uma mudança completa da unidade de potência. A troca resultou em punição: o holandês largou do pit lane. O risco compensou ele conseguiu se recuperar durante a corrida e cruzar a linha de chegada em terceiro, mesmo após um furo de pneu nas voltas iniciais.

O movimento despertou curiosidade e críticas nos bastidores. Andrea Stella, chefe da McLaren, foi um dos que questionaram o raciocínio por trás da substituição. Para o engenheiro italiano, a troca não faz sentido se motivada apenas por razões de desempenho. “Em termos de performance, acho que introduzir um novo motor atualmente – não sei como isso funciona para a Honda – mas, em geral, esses motores não exibem muita degradação com a quilometragem”, explicou.

F1: McLaren questiona legalidade da troca de motor da Red Bull no GP de São Paulo

“Por isso, em geral, você não trocaria um motor e aceitaria uma punição ou uma perda de posições, porque, normalmente, o desempenho que você ganha de volta não compensa realmente as perdas posicionais”, pontuou o italiano. Ele também levantou dúvidas sobre a compatibilidade dessa decisão com o teto orçamentário da categoria, atualmente fixado em US$ 135 milhões:

“Como eu disse, não tenho certeza de como a degradação de potência funciona para a Honda. Para ser honesto, esse tipo de troca de unidade de potência também desafia os regulamentos, porque eu gostaria de entender se o custo desse motor agora entra no teto de custos ou não”, afirmou. “Se o motor foi trocado por motivos de desempenho, ele deveria entrar no teto de custos. Então, vamos ver se é esse o caso ou não. Não que eu conseguisse ver, pois tudo está do lado da Red Bull, mas essa também é uma das razões pelas quais não faríamos isso, porque acabaria entrando no teto de custos”, completou Stella.



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