F1: McLaren manterá papaya rules em 2026 e reforça igualdade entre pilotos

A Fórmula 1 já começa a projetar seus debates para 2026, e a McLaren não pretende mudar um dos pontos mais discutidos das últimas temporadas. O CEO da equipe, Zak Brown, confirmou que as chamadas “papaya rules” seguirão em vigor no próximo ciclo da categoria, mantendo a filosofia de igualdade total entre seus pilotos, mesmo diante de cenários de disputa direta pelo título.

O conceito ganhou notoriedade a partir de 2024, quando a McLaren passou a orientar Lando Norris e Oscar Piastri a disputarem posições com cautela no rádio, buscando evitar contatos na pista. A abordagem evoluiu ao longo de 2025 e passou a ser utilizada como base para garantir condições semelhantes de corrida aos dois pilotos, sem favorecimentos explícitos dentro da equipe.

Com o avanço da temporada de 2025 e a aproximação de Max Verstappen na briga pelo campeonato, a postura da McLaren voltou a ser questionada. Houve dúvidas se a equipe manteria a neutralidade ou se escolheria um piloto para priorizar na disputa. Brown, no entanto, deixou claro que não considera abrir mão de seus princípios, mesmo que isso custasse um título de pilotos.

“Estamos definitivamente comprometidos em dar aos dois pilotos oportunidades iguais de vencer o campeonato mundial”, afirmou Brown. Segundo ele, a equipe está em constante evolução, mas isso não significa abandonar seus fundamentos. “Os princípios de termos dois pilotos com chances iguais de lutar pelo título não vão mudar”, reforçou.

(L to R): Zak Brown (USA) McLaren Executive Director celebrates in Sprint qualifying parc ferme with pole sitter Oscar Piastri (AUS) McLaren.
Foto: XPB Images

O dirigente destacou que a autocrítica faz parte da rotina da McLaren, independentemente dos resultados. Mesmo em fins de semana vitoriosos, a equipe revisa decisões e identifica pontos que poderiam ter sido executados de forma mais eficiente. Brown citou, como exemplo, uma corrida em que a McLaren terminou em primeiro e segundo lugares e, ainda assim, o pós-prova apontou diversas situações limítrofes que poderiam ter sido melhor administradas.

Essa mentalidade, segundo ele, é típica de uma equipe de Fórmula 1 que busca evolução constante. “Sempre nos perguntamos o que poderia ter sido feito de maneira diferente ou melhor”, explicou. Para Brown, esse processo contínuo é essencial para sustentar competitividade em um ambiente cada vez mais equilibrado.

Apesar das críticas recebidas ao longo da temporada, especialmente quando decisões estratégicas custaram posições importantes, o CEO da McLaren encara o cenário com naturalidade. Ele lembra que o esporte é feito de vitórias e derrotas e que a perfeição simplesmente não existe. “Você vai ganhar algumas, vai perder outras. Não existe temporada perfeita”, afirmou.

Com as profundas mudanças técnicas previstas para 2026, a competitividade das equipes ainda é uma incógnita. Ainda assim, a McLaren deixa claro que, independentemente do cenário, sua forma de competir permanecerá a mesma, com igualdade, transparência e espaço para que seus pilotos decidam na pista.



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