O chefe da Mercedes, Toto Wolff, criticou duramente Michael Masi, ex-diretor de provas da FIA na Fórmula 1, chamando-o de ‘egomaníaco patológico’, pelas decisões controversas que custaram o título de 2021 a Lewis Hamilton.
Naquele ano, Hamilton liderava a corrida final em Abu Dhabi, encaminhando-se para a conquista de seu oitavo título, com uma vantagem em torno de dez segundos sobre Max Verstappen da Red Bull. Porém, Masi descumpriu as regras na relargada após um Safety Car no final da corrida, quando faltava apenas uma volta, permitindo que alguns carros recuperassem voltas atrasadas e se reposicionassem no final do grid, porém Masi resolveu permitir a relargada, quando nem todos haviam se reposicionado, o que deixou Verstappen imediatamente atrás de Hamilton.
Ao invés de seguir o regulamento e esperar mais uma volta para reiniciar a prova até que todos se reposicionassem corretamente, mas que forçaria o encerramento da corrida com o Safety Car na pista, Masi forçou a relargada mesmo assim, a uma volta do final com Verstappen usando pneus novos, o que possibilitou a ultrapassagem sobre Hamilton na curva 5, e deu o título ao holandês.
Relembrando o ocorrido no livro ‘The Formula’, de Joshua Robinson e Jonathan Clegg, Wolff criticou duramente Masi pela polêmica, que culminou em sua demissão do cargo de diretor de corridas e da FIA.
“Quando penso novamente, é tão injusto o que aconteceu com Lewis e a equipe naquele dia”, disse Wolff, citado pelo RacingNews365. “Aquele indivíduo simplesmente não seguiu as regras e permitiu que isso acontecesse. Ele é uma pessoa totalmente sem importância. Mora do outro lado do mundo e ninguém está interessado nele. Ele realmente era um egomaníaco patológico completo”, acrescentou o chefe da Mercedes.
Enquanto Hamilton declarou à revista GQ que se sentiu ‘roubado’ daquele título, o piloto também afirmou estar ‘em paz’ com o resultado.
Apesar de Wolff não demonstrar nenhuma intenção de perdoar Masi por suas ações no circuito de Yas Marina em 2021, ele reconhece que o final dramático ficou marcado na história da Fórmula 1.
“É drama e glória. É isso que torna o esporte tão irresistível. Todos viram o drama de um heptacampeão ser roubado de seu título. Eu preferia ter visto um final diferente, mas a corrida sem dúvida deixou sua marca na história”, finalizou o austríaco de 52 anos.