A Red Bull Racing segue adotando um discurso de cautela para a estreia do novo regulamento da Fórmula 1 em 2026. O consultor da equipe, Helmut Marko, reconheceu que o motor desenvolvido internamente pela equipe, em parceria com a Ford, através da Red Bull Powertrains-Ford, dificilmente será um destaque imediato no início da nova era técnica.
O próximo ano marcará mudanças profundas na Fórmula 1, com carros mais leves, aerodinâmica ativa, aumento significativo no uso do sistema híbrido, combustível sustentável e um chassi totalmente redesenhado. Em Las Vegas, o engenheiro-chefe da ed Bull, Paul Monaghan, descreveu a dimensão do desafio: “Dez semanas, sim é um pouco chocante, não é? Estamos assumindo um motor novo também. Que sorte! É um privilégio. Provavelmente a única peça do chassi que permanece é o volante. Carro novo, motor novo, regras novas, 2026 é começar tudo do zero”, disse ele.
Marko reforçou a mesma linha em entrevista ao jornal Österreich, respondendo inclusive a especulações de que o motor Red Bull-Ford, já estaria atrás dos concorrentes desde já: “Nada está provado só porque a Mercedes se declara favorita, mas claro, é improvável que apareçamos com nosso próprio motor e sejamos os mais rápidos de imediato”, afirmou.
Para o consultor, o foco não está necessariamente nos resultados das primeiras corridas: “Enquanto não estivermos totalmente fora da disputa, como aconteceu lá atrás com o motor Renault, está tudo bem. Existe ainda o regulamento da FIA que permite ajustes após seis meses”, acrescentou.
Marko deixou claro que a Red Bull não trata o título de 2026 como obrigação imediata: “Enquanto vermos progresso com o novo carro, estaremos satisfeitos. Vencer é o objetivo final. Em outras palavras, queremos voltar a ganhar corridas no fim do próximo ano”, encerrou o austríaco.
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