Helmut Marko explicou o motivo do furo de pneu que prejudicou Max Verstappen no GP de São Paulo de Fórmula 1. O consultor da Red Bull Racing afirmou que o problema foi causado por detritos na pista, resultado de incidentes nas voltas iniciais da corrida em Interlagos.
Verstappen largou dos boxes após a equipe fazer diversas alterações no carro e instalar um novo motor. Mesmo assim, o holandês conseguiu se recuperar até o pódio em P3, em uma atuação de destaque. No entanto, segundo Marko, o furo no pneu dianteiro direito, ainda nas primeiras voltas, comprometeu o plano estratégico da Red Bull.
“No Brasil, decidimos que Max largaria do pit lane depois de várias mudanças no carro e da troca do motor”, escreveu Marko em sua coluna na Speedweek. “Sinceramente, achei que ele terminaria entre quinto e sétimo, mas ele mostrou novamente seu talento excepcional, talvez até pudesse ter chegado em segundo”.
O austríaco afirmou que o furo no pneu interrompeu a estratégia inicial, que previa uma longa sequência com os pneus duros e, possivelmente, apenas uma parada: “Tivemos um furo lento, e por isso nosso plano com o pneu duro não funcionou. Planejávamos ficar mais tempo na pista. Max tinha bom ritmo com o composto duro, diferente de alguns outros pilotos. A ideia era ganhar posições quando outros com pneus médios ou macios parassem. Mas as coisas mudaram”, disse ele.
Marko afirmou que o dano foi provocado por fragmentos de carbono vindos de toques entre outros carros, possivelmente do contato entre Lance Stroll e Gabriel Bortoleto, ou de Franco Colapinto com Lewis Hamilton.
“Felizmente, um dos nossos engenheiros de dados percebeu o problema rapidamente e nos alertou. Tivemos sorte com o momento do carro de segurança virtual durante a troca necessária dos pneus”, acrescentou.
Apesar do contratempo, Verstappen conseguiu limitar os prejuízos e ainda terminar na terceira posição, embora Lando Norris tenha ampliado sua vantagem na luta pelo título. Marko também destacou que o comportamento do pneu duro em Interlagos surpreendeu diversas equipes.
“O pneu duro foi um mistério no Brasil, pois muitos tiveram dificuldades, mas Max conseguiu voltas bastante competitivas. Este ano, vários times já notaram que o composto duro nem sempre entrega o desempenho esperado”, concluiu o consultor da Red Bull.
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