Helmut Marko, consultor da Red Bull Racing, admitiu que as chances de Max Verstappen conquistar seu quinto título consecutivo na Fórmula 1 estão por um fio. A três etapas do fim da temporada, e com uma Sprint ainda por disputar, o holandês está 49 pontos atrás de Lando Norris, e Marko reconheceu que apenas um imprevisto para o britânico pode recolocar o tetracampeão realmente na disputa.
“Com 49 pontos de desvantagem para Norris, e restando três GPs e uma corrida Sprint, algo precisa acontecer com ele (Norris) para que as esperanças de Max permaneçam vivas”, escreveu o austríaco em sua coluna para a Speedweek. “Caso contrário, não temos chance. Basicamente, seria necessário um abandono ou uma colisão de Lando”.
Mesmo que isso aconteça, Verstappen ainda teria que superar Oscar Piastri, que ocupa o segundo lugar no campeonato, 25 pontos à frente do piloto da Red Bull.
Apesar da situação desfavorável, Marko destacou que há motivos para otimismo após a recuperação de desempenho da equipe ao longo da temporada: “É claro que não estamos satisfeitos por estarmos atrás, mas o lado positivo é que conseguimos reverter a situação durante o ano, e de forma tão dramática que voltamos à luta pelo título. No geral, a situação é positiva”, disse ele.
O consultor elogiou o trabalho de reconstrução da equipe sob a liderança de Laurent Mekies, destacando que o desempenho recente mostra uma clara evolução, mesmo depois de um fim de semana difícil em Interlagos. No GP de São Paulo, Verstappen largou dos boxes e ainda assim conquistou um lugar no pódio, resultado considerado um ‘feito hercúleo’ por Marko.

Com o campeonato entrando em sua reta final, a Fórmula 1 encara agora a última rodada tripla na temporada, com corridas em Las Vegas, Catar e Abu Dhabi na sequência. Marko, no entanto, acredita que as diferenças de desempenho entre as equipes estão cada vez menores e que prever resultados com base nas características das pistas já não é tão simples quanto no passado.
“Avaliar o equilíbrio de forças nas três últimas provas não é fácil, porque os tempos em que determinados circuitos favoreciam certos carros já ficaram para trás. Hoje, com Ferrari e Mercedes, a forma diária tem grande influência. Se encontrarmos o acerto ideal, poderemos competir no mesmo nível da McLaren”, acrescentou.
Mesmo assim, o austríaco vê potencial em Las Vegas: “Teoricamente, deve ser uma pista mais favorável para nós, pelas longas retas. Já Catar e Abu Dhabi, com curvas de média velocidade, tendem a favorecer a McLaren, mas essas previsões valem menos do que antes”, encerrou o dirigente.
Verstappen, portanto, entra nas últimas corridas da temporada precisando de uma combinação improvável de resultados para manter viva a esperança de mais um título na Fórmula 1.
