Kevin Magnussen revelou que sofreu pressão da McLaren para ter desempenhar como Hamilton em 2014, sua temporada de estreia na Fórmula 1. Na época, o dinamarquês dividiu garagem com o campeão mundial Jenson Button, mas foi substituído por Fernando Alonso no ano seguinte.
A equipe chegou a planejar mantê-lo no lugar de Button em 2015, mas com uma condição: Magnussen precisaria superar Button nos treinos pela mesma margem que Lewis Hamilton havia feito entre 2010 e 2012, uma média de 0,15s por volta. Atualmente, o dinamarquês enxerga essa exigência como “injusta”:
“Lembro-me de Jonathan [Neale, diretor administrativo] e Éric [Boullier, diretor esportivo] me dizendo: ‘Lewis foi, em média, 0.15s mais rápido que Jenson nos treinos ao longo dos três anos em que competiram juntos. Então, para manter sua vaga no ano que vem, você deve buscar superar Jenson pela mesma margem”, disse ele ao Motor Sport Magazine.
“Na época, aceitei, mas, olhando para trás, foi injusto. Lewis e Jenson eram ambos campeões mundiais de F1, muito mais experientes do que eu, e Jonathan e Éric estavam me dizendo que, se eu não fosse tão bom na minha temporada de estreia quanto Lewis foi em sua terceira, quarta e quinta temporadas na F1, eu estaria fora. Isso foi loucura — e também desrespeitoso com Jenson”, afirmou Magnussen.
“Inevitavelmente, esse peso injusto de expectativas colocou uma pressão desnecessária sobre mim, e eu comecei a cometer erros. Era um conjunto ridículo de expectativas para impor a um estreante de 21 anos. Eu tinha talento, tinha velocidade, mas precisava de apoio mental e emocional, e a liderança sênior da McLaren no lado esportivo fez exatamente o oposto.”
Magnussen também admitiu que foi ingênuo na época e que gostaria de ter se imposto mais naquele momento. O piloto fez carreira na Haas, onde permaneceu até o ano passado. Agora, ele aposta em categorias como o Mundial de Endurance.