Liam Lawson e Yuki Tsunoda, que têm uma longa história competindo juntos e fazem parte do programa de jovens pilotos da Red Bull, atualmente são companheiros de equipe na RB. Lawson revelou que, desde as categorias de base, Tsunoda usava uma tática inusitada para “assustá-lo” nas pistas, passando muito perto de seu carro em alta velocidade.
“Quando corríamos juntos, Yuki costumava fazer isso – o primeiro ano em que fomos companheiros de equipe foi em 2019”, Lawson disse ao podcast Red Flag. “Na FIA F3, não éramos companheiros de equipe, [mas] corremos juntos na Euroformula Open, e éramos companheiros de equipe lá.”
“Passei a conhecê-lo bem. Durante todo o ano, em uma sessão de prática ou de qualificação, sempre que eu estava em uma volta de resfriamento, Yuki passava por mim, e ele sempre fazia questão de chegar o mais perto possível. Não sei se ele estava tentando me assustar ou o quê – ele fez isso o ano todo.”
Lawson compartilhou uma experiência marcante, onde a tática agressiva de Tsunoda levou a um acidente que deixou os dois fora da sessão durante uma corrida em Macau.
“Fomos para Macau, que é uma pista insana, muito acidentada e ‘mal dá para acreditar que correm lá’”, explicou Lawson.
“Ambos recebemos ligações de Helmut [Marko], e ele diz: ‘Seja o que for, não batam na primeira sessão porque vocês precisam de tempo de pista para se preparar para a qualificação. Não batam!’”
“Na primeira volta, eu a completo, estou esfriando, e vejo o Yuki vindo pelo retrovisor. Eu tento sair do caminho dele, estou encostado em uma parede de tijolos. E, quando ele passa por mim, ele apenas toca na minha roda dianteira, voa direto para a barreira. O câmbio cai, [ele] destrói o carro. Ele quebra a minha suspensão dianteira também, então estou fora da sessão.”
Após o incidente, os dois se encontraram no elevador, e Lawson conta como foi o encontro com o companheiro de equipe:
“Eu lembro de pensar ‘Eu sei exatamente o que você fez’”, acrescentou. “Ninguém mais sabe. Todos acham que tivemos um acidente bobo. Mas eu sei o que ele fez. Sei que ele tentou se aproximar e obviamente acertou uma p*** de um buraco porque é Macau e ele calculou mal.”
“Eu o vi no elevador naquela noite. Lembro das portas do elevador abrindo, foi a primeira vez que o vi, e ele estava lá, e eu olhei para ele. Ele sorriu para mim, e eu soube na hora que ele sabia exatamente o que tinha feito.”