A reta final da temporada de 2025 ganhou novo fôlego com Max Verstappen ainda vivo na disputa pelo título, mesmo 24 pontos atrás de Lando Norris e empatado com Oscar Piastri em 366 pontos. O australiano aparece à frente por ter sete vitórias contra seis do holandês. A explicação para Verstappen ainda ser uma ameaça passa pelo processo de amadurecimento dos pilotos da McLaren.
Antes visto como exemplo de calma e precisão, Piastri vem sofrendo desde Monza, quando uma ordem de pit stop abalou sua confiança. Em Singapura, a situação se agravou após uma manobra ousada de Norris no início da corrida, que resultou em um contato. De lá para cá, o australiano acumulou acidentes, queda de ritmo, dificuldades na classificação e uma sequência sem pódios desde Monza que o deixaram vulnerável no campeonato e permitiram a aproximação do piloto da Red Bull.

Norris também enfrentou críticas e erros na primeira metade da temporada, perdendo a liderança para Piastri após falhas na China, Japão, Bahrein e um acidente no Q3 na Arábia Saudita. Após a pausa de verão da Fórmula 1, porém, ele voltou com uma postura diferente: assumiu novamente a ponta depois da vitória no México e brilhou no Brasil.
Já Verstappen admite ter precisado de “muita ajuda”. E ela veio justamente das fragilidades dos adversários. A Red Bull depende quase exclusivamente do holandês, enquanto a McLaren mantém relativa harmonia interna apesar da tensão da disputa. Se Norris tivesse amadurecido mais cedo, Verstappen já estaria fora do jogo. Mas o tetracampeão é o único com experiência consolidada em batalhas longas, o que pesa neste momento decisivo.
Com apenas dois fins de semana restantes e após a desclassificação dos dois carros da McLaren em Las Vegas, Norris lidera e parece mais forte mentalmente. A diferença de 24 pontos entre os três candidatos mantém o campeonato completamente em aberto no GP do Catar, com grandes chances da disputa ser levada para a última prova do ano, o GP de Abu Dhabi.
