Taki Inoue foi um competidor que marcou a Fórmula 1, talvez não pelos melhores motivos. E uma história envolvendo ser acertado pelo safety-car foi um de seus momentos no grid – e quando foi acertado duas vezes por ele.
Durante o GP de Mônaco de 1995, por conta de um problema mecânico, o japonês estava sendo levado ao pit quando acabou colidindo com o carro de segurança e seu carro virou. Inclusive, após o abandono, havia tirado o capacete, mas o colocou de volta, o que acabou o poupando de inúmeras lesões.
Já na Hungria, foi o motor de Taki que acabou dando problemas. Após parar na lateral da pista, ele correu para pegar um extintor de incêndio. Entretanto, sem olhar para os dois lados do traçado, foi mais uma vez acertado pelo safety-car.
Acontece que Inoue revelou que teve seu pedido de transporte de helicóptero ao hospital negado pelo então diretor de prova Charlie Whiting, tudo para evitar que a corrida fosse parada. Ainda, seu tratamento médico também foi negado, a menos que ele pagasse primeiro.

“Eu esperava que o helicóptero me levasse ao hospital, mas Charlie [Whiting] entra e diz: ‘Desculpe, Taki, não podemos usar o helicóptero, senão paramos o GP. Você espera até o final, mais uma hora'”, falou.
“[Após chegar ao hospital] esperava que eles imediatamente examinassem meu osso, para ver se estava tudo bem. Mas eles dizem ‘Taki, queremos seu cartão de crédito’. Disse: ‘O quê? Cartão de crédito? Eu não tenho!’ Eu ainda estou com meu macacão de corrida”, continuou.
“Mas eles queriam ser pagos primeiro, caso contrário, não me ajudariam. Disse ‘vamos lá, estou com muita dor’. Mais meia hora, grande negociação. Eu não paguei. Por dois anos, eles continuaram me enviando faturas em Mônaco”, concluiu.
