Estudo da FGV confirma crescimento de 9,7% sobre 2024 e mostra que cada R$ 1 investido retorna R$ 7,14 à economia paulistana
O Grande Prêmio de São Paulo de 2025 confirmou o que já se desenhava nas últimas temporadas: o evento se tornou um dos maiores motores econômicos e de visibilidade do país. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a SPTuris e a Secretaria Municipal de Turismo, o impacto total do GP alcançou R$ 2,3 bilhões, crescimento real de 9,7% em relação a 2024, e consolidou o autódromo de Interlagos como uma referência mundial em organização, sustentabilidade e retorno financeiro.
Em 2024, a expectativa oficial era de que o evento movimentasse cerca de R$ 2,1 bilhões. Os resultados superaram a projeção e confirmam o ritmo de expansão anual do GP — que, desde 2021, vem registrando aumentos consistentes em público, arrecadação e geração de empregos.
Do total de R$ 2,3 bilhões, R$ 1,4 bilhão correspondem a impacto direto (gastos do público, patrocinadores e organização), e R$ 894,2 milhões, a impacto indireto, ligado à cadeia produtiva que gira em torno do evento.
A arrecadação tributária também bateu recorde, com R$ 324,4 milhões em impostos federais, estaduais e municipais, alta de 9,6% sobre o ano anterior.
O Índice de Alavancagem Econômica (IAE), que mede o retorno sobre o investimento público, mostra que cada R$ 1,00 investido retorna R$ 7,14 à economia local, uma das taxas mais altas já registradas para eventos de grande porte no Brasil.
Recorde de público e geração de empregos
O público total chegou a 303.627 pessoas, aumento de 4,1% em relação a 2024 e o maior da história recente do GP. O número de profissionais envolvidos direta e indiretamente na operação chegou a 23,7 mil, crescimento de 17,3% sobre o ano anterior.
Além disso, 94,8% dos espectadores afirmaram que pretendem retornar em 2026, um índice de fidelização muito acima da média em eventos esportivos internacionais.
Entre os presentes, 75% vieram de fora da capital, sendo 40% de outros estados, 17% do exterior e 18% da Região Metropolitana. A presença feminina chegou a 36,1%, e 43% do público tinha entre 18 e 29 anos, reforçando a renovação geracional e a diversidade do público da Fórmula 1 no Brasil.
A força simbólica de Interlagos e o papel da Prefeitura
Os resultados confirmam a aposta do prefeito Ricardo Nunes, que desde 2021 optou por manter Interlagos sob gestão pública, com foco em reinvestimento e modernização. “Optamos por não conceder o autódromo, mas transformá-lo em um equipamento de geração de emprego, renda, emoção e orgulho do povo de São Paulo”, disse o prefeito.
A Prefeitura investiu cerca de R$ 500 milhões na requalificação da estrutura, incluindo melhorias de acessibilidade, saneamento e eficiência energética. Em 2025, Interlagos recebeu da FIA o grau máximo de sustentabilidade, a Certificação Ambiental 3 Estrelas, tornando-se referência global em gestão ambiental de autódromos.
Exposição global sem precedentes
O estudo mostra ainda que o valor de exposição da cidade na mídia atingiu US$ 516,6 milhões (R$ 2,7 bilhões) — o maior da história do GP no Brasil. Desse total, 74,2% vieram de transmissões televisivas, 20,5% de mídias digitais e 5,8% de veículos impressos.
Nos últimos seis anos, o GP de São Paulo acumula US$ 2,5 bilhões em valor de mídia, consolidando-se como o principal ativo internacional de imagem da cidade.
Para Alan Adler, CEO do GP de São Paulo, o evento já ultrapassou a dimensão esportiva. “A cada ano cresce o interesse da população de São Paulo pelo GP. Movimentamos toda uma cadeia de negócios, geramos empregos e projetamos uma imagem positiva da cidade para mais de 180 países”, afirmou.
O Grande Prêmio de São Paulo 2026 de Fórmula 1 já tem data marcada: 6 a 8 de novembro, em Interlagos. As vendas gerais começam na segunda-feira, 17 de novembro.
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