Nico Hulkenberg deixou o GP de Singapura de Fórmula 1 bastante insatisfeito com Franco Colapinto, apontando o argentino da Alpine como responsável por sua rodada na volta 44 da corrida. O alemão afirmou que o rival freou muito antes do esperado, o que o pegou de surpresa e o fez perder o controle de sua Sauber.
Hulkenberg disputava a 14ª posição com Colapinto quando, na volta anterior, chegou a tocar a traseira do carro do argentino na curva 8, danificando a placa lateral de sua asa dianteira. Apesar disso, os comissários não consideraram o lance passível de investigação, já que Colapinto estava à frente e tinha direito à linha de corrida.
Na volta seguinte, ao se aproximar da curva 7, o veterano perdeu o controle e rodou, caindo para o fim do pelotão. Ele ainda precisou ir aos boxes e terminou a corrida em 20º e último lugar, depois de ser ultrapassado por Pierre Gasly na última volta.
“Foi uma rodada grande, na verdade tive sorte de não bater em nada”, afirmou Hulkenberg. “Franco freou cem metros antes, e não sei por quê. Talvez quisesse me surpreender, e conseguiu”, disse ele com ironia. “Mas o problema é que, quando você está muito perto, perde totalmente a carga aerodinâmica traseira. O eixo trava instantaneamente, e não há o que fazer.”
Colapinto, por sua vez, minimizou o episódio e evitou polêmica ao responder sobre a crítica de Hulkenberg: “Eu não sei, só vi ele rodando pelo espelho. Não posso dizer nada, ele é quem deveria explicar o que aconteceu”, afirmou o argentino.
O piloto da Alpine terminou a corrida em 16º lugar, superando o companheiro de equipe Pierre Gasly, pela quarta vez em provas que ambos completaram. Mesmo assim, a equipe vive um momento difícil, somando cinco corridas consecutivas sem pontuar.
“Foi um dia muito longo, muito difícil, sem ritmo no carro. Tentamos uma estratégia diferente, com pneus macios e depois médios, mas não funcionou. O carro degradava muito, os pneus se desfaziam, nada se encaixava. É frustrante, mas só nos resta continuar trabalhando. Está bem complicado no momento”, encerrou Colapinto.
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