A Honda já havia confirmado anteriormente seu retorno à Fórmula 1 como fornecedora completa de unidades de potência a partir da temporada 2026. A fabricante japonesa será responsável pelos motores da Aston Martin, equipe de Fernando Alonso e Lance Stroll, em um projeto que marca uma nova fase ambiciosa para o time de Silverstone.
Uma apresentação do motor que irá equipar a Aston Martin está marcada para o dia 20 de janeiro, em Tóquio. O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube e contará com a presença do presidente e CEO da Honda, Toshihiro Mibe, do proprietário da Aston Martin, Lawrence Stroll, e do CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali. Essa apresentação é vista como uma das peças finais do projeto da equipe para a nova era técnica da categoria.
O presidente da Honda Racing Corporation (HRC), Koji Watanabe, foi direto ao explicar a motivação da marca para voltar ao grid: “Eu acho que a Honda provavelmente não consegue viver sem a Fórmula 1”, afirmou. Segundo ele, as mudanças no regulamento de unidades de potência para 2026 foram decisivas para essa decisão.
“As novas regras incentivam uma divisão de 50/50 entre o motor de combustão interna e o motor elétrico, com este último quase triplicando sua potência, de 120 kW para 350 kW”, afirmou Watanabe. Ele também destacou a obrigatoriedade do uso de combustíveis sustentáveis avançados como um ponto-chave: “Isso está muito alinhado com a filosofia da Honda sobre os sistemas de propulsão do futuro”.

Watanabe reforçou ainda a importância estratégica da Fórmula 1 para a empresa: “O auge do automobilismo é o lugar para refinar nossa tecnologia, melhorar nossas capacidades técnicas e estar em um palco global que nos permita mostrar tudo isso. Isso é muito importante para o futuro da Honda”, concluiu.
Do lado da Aston Martin, Alonso reconhece que a equipe ainda não conseguiu se firmar de forma consistente no pelotão intermediário da Fórmula 1, mas demonstra confiança no projeto a longo prazo. O espanhol citou como trunfos a nova fábrica, o túnel de vento e contratações de peso como Adrian Newey, Andy Cowell e Enrico Cardile.
Para Alonso, o principal desafio está no tempo necessário para que toda essa estrutura funcione de forma integrada. Ele acredita que será preciso ao menos uma temporada para ‘colar tudo’, mas vê nas regras de 2026 a oportunidade para um salto significativo, apontando que a Aston Martin pode estar pronta para lutar no topo da Fórmula 1 em 2027.
