A sexta-feira de treinos livres para o GP da Hungria evidenciou que a McLaren segue em outro nível na temporada de Fórmula 1, enquanto a Sauber e Gabriel Bortoleto trabalham no preparo de corrida e Felipe Drugovich saiu satisfeito com sua sessão inicial, e ainda há atenção às regras que permanecem em Mônaco para 2026. O dia reforçou a impressão de que o fim de semana em Hungaroring pode ser dominado pelos papayas, mas rivais já buscam ajustes.    
A McLaren voltou a mostrar porque lidera o campeonato. Lando Norris e Oscar Piastri foram os mais rápidos nas duas sessões de treino do dia, com desempenho que colocou distância clara para o pelotão perseguidor. As simulações de classificação e de corrida apontaram vantagem consistente da dupla, especialmente em setores de baixa e média velocidade, e a gestão de pneus se destacou como diferencial. George Russell admitiu que “a McLaren está em uma liga própria”, e os dados de volta limpa indicam que Piastri ainda deixou tempo na mesa ao não encaixar todos os mini-setores perfeitos. 
Nem mesmo o calor e a característica pista travada de Hungaroring conseguiram frear o ritmo impressionante dos carros papaya. A equipe construiu uma base sólida com acertos que aparentam funcionar tanto para um único giro forte quanto para o trabalho de longa duração, deixando claro que será o parâmetro a ser batido no restante do fim de semana. A vantagem foi visível em todas as tipologias de curva, com quase quatro décimos de segundo sobre os rivais nas simulações de classificação e quase três décimos em ritmo de corrida. 
Do lado da Sauber, o foco do dia foi diferente. Gabriel Bortoleto e a equipe priorizaram voltas longas na segunda sessão, visando extrair dados de consistência e simular cenários de corrida mais realistas. Bortoleto terminou o TL2 apenas em 17º, mas a ênfase em entender degradação e comportamento em stint estendido mostra que o time está jogando para a estratégia, em vez de se desesperar por posição imediata. O brasileiro analisou a primeira metade da temporada nas entrevistas paralelas, tentando equilibrar aprendizado e ganhos incrementais. 
Felipe Drugovich, que participou do TL1 na Hungria, também teve seu momento de destaque nos bastidores. O piloto, que vem sendo ligado a projetos ambiciosos para 2026, afirmou estar satisfeito com a sua participação inicial na sessão de sexta-feira. Ele comentou que a transmissão de informações com a equipe fluiu bem e que conseguiu sentir o carro em condições de pista variáveis, o que dá base para construir a performance dos próximos dias. A confiança acumulada na primeira sessão pode ser um ativo importante caso as condições meteorológicas se mantenham instáveis, como tem sido típico na região. 
Além do desempenho dos carros e dos pilotos, a discussão regulatória também marcou o dia. A regra que obriga duas paradas em Mônaco foi confirmada para 2026, o que mantém a pressão estratégica sobre as equipes na icônica etapa urbana. Embora essa decisão seja para outro cenário — o de Mônaco — ela reforça como a gestão de pneus e a flexibilidade tática continuam sendo elementos centrais em campeonatos de fim de semana curtos e de alto risco. 
Com McLaren como referência clara, os desafios agora ficam para Ferrari, Red Bull, Mercedes e os demais grupos que tentam reduzir o gap. A capacidade de reagir nas opções de acerto e o preparo para possíveis alterações nas condições de pista serão cruciais, especialmente com a qualificação se aproximando no sábado e a corrida prevista para domingo. A mistura entre performance pura e inteligência estratégica deve definir quem consegue transformar o domínio nos treinos em resultados concretos. 
Resumo rápido dos pontos-chave:
• McLaren domina a sexta-feira em Hungaroring com Norris e Piastri à frente em todas as simulações; vantagem ampla em todos os tipos de curva. 
• Sauber prioriza ritmo de corrida e voltas longas, com Bortoleto buscando consistência apesar do 17º lugar no TL2. 
• Drugovich sai confiante do TL1 e quer capitalizar o bom início para manter o impulso do fim de semana. 
• A regra de duas paradas em Mônaco segue firmemente definida para 2026, mostrando que a estratégia de pneus continuará sendo determinante. 
O fim de semana promete ser uma prova de fogo para os perseguidores da McLaren, enquanto o trabalho de base das equipes mais atrás pode surpreender, especialmente se o cenário meteorológico interferir no plano original.
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