A quarta-feira foi movimentada no noticiário da Fórmula 1. No que pode ser mais um capítulo da crise na Ferrari, ganhou força a especulação de que Christian Horner, ex-Red Bull, virou opção de longo prazo em Maranello caso Frederic Vasseur deixe o comando — cenário tratado como possibilidade e não decisão tomada. A leitura é que a equipe busca um nome forte para reorganizar processos antes da nova era de 2026.
Enquanto isso, Toto Wolff tratou da ausência de Horner no paddock e deixou um comentário que rendeu manchetes. Em entrevista repercutida hoje, o chefe da Mercedes admitiu que “está diferente sem o Christian” e que “ele certamente faz falta”. O austríaco ainda cravou que o esporte perde quando não há fricção entre personalidades fortes: “Precisamos de personalidades neste esporte. Tem que haver um vilão. Christian sempre foi bom nisso, dominava o jogo com a câmera”. Para Wolff, um eventual retorno cabe ao próprio Horner: “Ele sabe como vencer títulos; não se pode negar seu sucesso”.
Do lado da Red Bull, o foco se volta também para a satélite Racing Bulls. Segundo análise repercutida pelo F1Mania.net, a equipe-mãe pode optar por renovar completamente a dupla da escuderia de Faenza em 2026, em paralelo a outras mexidas internas. Entre as projeções citadas, há expectativa de que Isack Hadjar suba de patamar no organograma esportivo do grupo, enquanto os futuros de Yuki Tsunoda e Liam Lawson seguem em avaliação — cenário que abriria espaço para duas vagas na Racing Bulls. As conversas incluem ainda a possibilidade de Tsunoda assumir um papel ligado à Aston Martin no próximo ciclo.
O pano de fundo para todas essas peças no tabuleiro é a virada regulatória de 2026, que promete redistribuir forças. Ferrari tenta blindar o projeto após semanas de tensão, a Mercedes celebra o triunfo em Singapura para sustentar o vice no Mundial de Construtores e a Red Bull trabalha para garantir um alinhamento técnico-esportivo que envolva tanto o time principal quanto a estrutura da Racing Bulls. Em comum, as três histórias reforçam o mesmo ponto: o mercado de chefias e de pilotos vai ferver até o fim do ano.
A próxima etapa da F1 será o GP dos Estados Unidos, em Austin, na semana que vem. Até lá, os bastidores prometem seguir em alta rotação.
