A Fórmula 1 vive um dia de consequências marcantes após o GP de São Paulo. John Elkann, presidente da Ferrari, expressou frustração com o desempenho da equipe e cobrou menos declarações e mais foco dos pilotos. Em resposta, Lewis Hamilton e Charles Leclerc publicaram mensagens tentando virar o jogo; Enquanto isso, Gabriel Bortoleto lamentou seu abandono em casa, mas recebeu conselhos de Nico Hülkenberg e elogios pela maturidade demonstrada até aqui; E por fim, a Red Bull Racing e a Ford Motor Company anunciaram oficialmente o lançamento conjunto da nova parceria para a temporada de 2026 — um passo que marca o fim de uma era e o início de outra. 
Pressão na Ferrari
Após um fim de semana em que deixou a Ferrari sem pontuação na F1 — com Hamilton e Leclerc enfrentando problemas em Interlagos — Elkann foi direto: “Foi uma decepção. Os pilotos precisam falar menos e atuar mais”. A frase veio durante evento em que o dirigente também citou o ganho de performance em outras categorias como exemplo de foco interno. Na sequência, Leclerc veio de forma diplomática responder via redes sociais, e Hamilton reafirmou que “não vai desistir” e que mantém a confiança na equipe. O clima na chicane de Maranello é de urgência, com a Ferrari caindo para quarto lugar no campeonato de construtores.
Bortoleto entre lamentação e apoio sólido
No Brasil, a estreia “em casa” de Bortoleto não saiu como o esperado — o piloto da Sauber abandonou precocemente seu GP. Ele comentou: “O carro parecia muito bom, mas não deu para levar até o fim”. Mesmo assim, recebeu um gesto simbólico de Hülkenberg: “Erro faz parte, o importante é o que você aprende”. Analistas apontam que o apoio chega no momento certo para o jovem se recuperar nas últimas etapas da temporada da Fórmula 1.
Red Bull e Ford: nova era à vista
A aliança entre Red Bull e Ford foi confirmada com data marcada para apresentação conjunta em Detroit, nos EUA. A parceria estrutural da unidade de potência marca o início de uma nova era da Fórmula 1 — uma mudança que pode mexer com o equilíbrio de poder na categoria. O fato ganha ainda mais relevo diante do cenário de domínio da Red Bull nos últimos anos e da necessidade de adaptação técnica para todos os times.
Juntos, esses três eixos — crise e exigência na Ferrari, emergência do jovem brasileiro e reestruturação estratégica das grandes marcas — compõem o cenário da F1 na semana pós-Interlagos. O que antes parecia “mais um GP de São Paulo” agora assume contornos de virada: na técnica, no calendário e no emocional.
GP de Abu Dhabi